Na quarta-feira (27), o Nubank anunciou o tão esperado pedido de abertura de seu capital. A Oferta Pública Inicial (IPO) deverá ocorrer simultaneamente, na bolsa brasileira, a B3, e também na Nasdaq, norte-americana, essa última por meio da negociação de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que reproduzem o desempenho das ações negociadas no exterior. O evento deverá ocorrer entre o fim de novembro e o início de dezembro deste ano.
Há alguns meses, quando começaram a surgir algumas notícias sobre um possível IPO, a empresa perseguia um valor de mercado avaliado em US$ 100 bilhões. No entanto, de acordo com informações do Broadcast, esse valor será bem inferior à expectativa da empresa. Segundo o provedor de informações, as cifras deverão ficar entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões.
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Ainda assim, são valores que impressionam, principalmente quando se leva em conta que os 2 maiores bancos tradicionais brasileiros não atingem hoje, em suas trajetórias de quase 80 anos de existência, o valor pretendido pelo Nubank. O Itaú Unibanco, por exemplo, considerado o maior banco privado do país, tem valor de US$ 42 bilhões na Bolsa de Nova York, enquanto o Bradesco vale US$ 34 bilhões.
Alguns passos em direção ao IPO
Fonte: Nubank/DivulgaçãoFonte: Nubank
O Nubank fez sua estreia no mercado de investimentos em setembro do ano passado ao adquirir a corretora Easynvest, cujo nome foi trocado para Nu Invest, em um movimento destinado a acirrar a concorrência com as instituições financeiras tradicionais. Em outro lance estratégico importante, a holding fez sua primeira incursão no mercado de comércio eletrônico, com a compra da Spin Pay, fintech de pagamentos instantâneos.
Após anunciar, no último dia 13, o seu primeiro lucro líquido, de R$ 76 milhões, realizado no 1° semestre, o Nubank deu sinais de estar preparando uma estrutura de compliance para se tornar uma companhia de capital aberto, contratando o ex-presidente-executivo da Coca-Cola Company, Muthar Kent, para o conselho de administração.
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