Apesar da popularidade do Bitcoin, um terço da criptomoeda em circulação é controlada por apenas 10 mil investidores individuais. Esse dado foi revelado em um estudo do National Bureau of Economic Research (NBER).
Entretanto, é difícil determinar nas mãos de quais pessoas está essa grande concentração de ativos. Isso porque os maiores endereços não representam indivíduos, mas bolsas e instituições que detêm a moeda digital em nome de outros investidores.
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Parte dos endereços do Bitcoin podem pertencer ao mesmo grupo de investidores.Fonte: Aleksi Raisa/Unsplash/Reprodução
Usando um método de coleta de dados que diferenciava endereços de intermediários e de indivíduos, o NBER encontrou um grupo que controlava 5,5 milhões de Bitcoin em 2020. Este ano, o número foi atualizado para cerca de 8,5 milhões de criptomoedas.
Para mais, os mil principais investidores individuais controlam cerca de 3 milhões de Bitcoin. Conforme o estudo, a concentração da moeda digital pode ser ainda maior.
“Essa medida de acúmulo provavelmente é um eufemismo, pois não podemos descartar que alguns dos maiores endereços são controlados pela mesma instituição”, revelam os pesquisadores à Bloomberg.
Variação do preço da criptomoeda mexem com a possibilidade de um ataque à rede Bitcoin.Fonte: Executium/Unsplash/Reprodução
Os perigos da concentração de Bitcoin
A centralização da mineração de Bitcoin é ainda mais profunda. Segundo o NBER, os 10% dos principais mineradores controlam 90% da capacidade de mineração, e apenas 0,1% (cerca de 50 mineradores) controlam 50% da capacidade total.
Com isso, o alto acúmulo de ativos torna a rede vulnerável a 51% de chances de ataques. Por exemplo, um único usuário poderia assumir o controle da maior parte das operações de mineração de criptomoedas.
“Esse ecossistema ainda é dominado por grandes players, sejam mineradores, donos de criptomoedas ou bolsas. Isso torna a moeda suscetível ao risco sistêmico e implica que a maioria dos ganhos com a adoção futura caíra desproporcionalmente para um pequeno conjunto de participantes”, explicam os pesquisadores.
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