O Facebook abriu uma ação judicial contra um ucraniano que coletou dados de 178 milhões de usuários da rede social com o objetivo de vender as informações em fóruns ligados a cibercrimes.
O processo contra o programador Alexander Alexandrovich Solonchenko foi aberto em uma corte distrital da Califórnia e diz respeito a ações do acusado entre janeiro de 2018 e setembro de 2019. Nesse período, ele usou um recurso de webscrapping a partir de uma função chamada Contact Importer, já desativada, para gerar uma base de dados automática de usuários da rede social.
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Com o mecanismo, ele foi capaz de sincronizar IDs de usuário com números de telefone e e-mails cadastrados, gerando um documento com as informações. Ele colocou a base de dados à venda em um fórum e teria encontrado um comprador em maio de 2021. Além dessa operação, Solonchenko também seria o responsável por vender dados de um banco e uma empresa de delivery da Ucrânia.
É crime?
Apesar de não ter utilizado nenhum mecanismo tecnicamente ilegal, já que a ferramenta de fato existia no Messenger, a coleta automatizada e realizar atividades fraudulentas são passíveis de punição de acordo com os termos de serviço da plataforma. Ao perceber o uso irregular do Contact Importer, o Facebook desativou a ferramenta em 2019.
O processo, segundo os documentos oficiais da corte, foi aberto para evitar o acesso do programador à rede ou a comercialização dessas informações, mas a punição possível não foi detalhada até o momento.
Fontes