O Twitter anunciou, nesta segunda-feira (20), que pode pagar US$ 809,5 milhões – cerca de R$ 4,3 bilhões – para encerrar uma ação coletiva movida por acionistas. Segundo as fontes, a empresa é acusada de enganar investidores sobre os dados da plataforma.
O acordo pode acabar o caso que estava prestes a ir a julgamento, com o júri sendo formado nesta segunda-feira. Em audiência realizada no dia 17 de setembro, o juiz distrital da cidade de Oakland, na Califórnia, adiou a decisão para o final de novembro.
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Twitter teria apresentado dados incorretos sobre o engajamento dos usuários.Fonte: Benjamin Dada/Unsplash/Reprodução
Os acionistas entraram com o processo contra o Twitter em setembro de 2016. A principal acusação é que a empresa teria inflado o preço das ações ao apresentar dados falsos sobre o engajamento dos usuários durante o primeiro semestre de 2015.
Conforme os documentos, a rede social teria parado de analisar as “visualizações da timeline” no final de 2014. Então, a companhia supostamente escondeu a estagnação ou diminuição do engajamento ao divulgar descrições vagas sobre as métricas.
Os acionistas também citam que o próprio Twitter reconheceu a alteração das informações após Richard Costolo deixar o cargo de CEO em junho de 2015. Na época, o preço das ações da rede social caiu 20%.
Antigos executivos do Twitter negam o uso de dados irregulares.Fonte: Daddy Mohlala/Unsplash/Reprodução
Executivos negam irregularidades
Representantes de Richard Costolo e de Anthony Noto, ex-diretor financeiro do Twitter, negaram qualquer irregularidade ao aceitar o acordo. Entretanto, o julgamento em novembro irá determinar a conclusão do caso.
“A decisão do júri é um grande equalizador, mesmo para algumas das empresas mais poderosas do planeta”, disse Tor Gronborg, sócio do escritório de advocacia que representa os investidores, à Reuters.
Desde 1996, apenas 9 das mais de 5 mil ações coletivas movidas por acionistas passaram por julgamento nos EUA. Pouco mais da metade dos processos são arquivados e a maior parte são encerrados após acordos, informa o Securities Class Action Clearinghouse.
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