Em atenção a solicitações feitas por instituições financeiras, o Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (27) novas regras aplicáveis aos pagamentos e recebimentos efetuados por meio eletrônico, inclusive o PIX. Para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas às ações de criminosos, a autarquia estabeleceu um limite de R$ 1 mil para operações entre pessoas físicas, no período das 20h às 6h.
Além do PIX, estão também contingenciadas as operações com cartões de débito, transferências entre contas do mesmo banco e TED (Transferência Eletrônica Disponível). No caso de os clientes solicitarem aumento dos limites de suas transações, as instituições financeiras terão um prazo mínimo para atendê-los, que deverá ficar entre 24 e 48 horas.
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A alteração nas regras ocorre no momento em que diversos órgãos de comunicação noticiam um aumento de investidas criminosas, principalmente sequestros relâmpagos, ocorridos após o lançamento do PIX, que oferece a facilidade de transferências imediatas, feitas nos sete dias da semana e a qualquer horário.
PIX e sequestros relâmpago
Fonte: Beto Nociti/Correio do Povo/ReproduçãoFonte: Beto Nociti/Correio do Povo/Reprodução
Falando no evento Esfera Brasil, patrocinado pela Febraban, o presidente do BC Roberto Campos Neto defendeu as novas medidas, afirmando que “é muito importante passar a mensagem que a gente vai fazer todo o possível e imaginável para que o sistema seja o mais seguro possível e possa atender o maior número de pessoas".
No entanto, o presidente da principal autoridade monetária do País não concorda que o aumento dos sequestros relâmpagos, como os informados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, esteja necessariamente relacionado ao PIX, mas a um aumento na circulação das pessoas. "Sequestro relâmpago pode ser PIX, TED, DOC, qualquer coisa. Havia sequestros relâmpagos em ATMs, foram ajustando", afirmou.
Em nota, o BC esclareceu que as medidas anunciadas ainda estão sendo implementadas, mas ainda não existe data fixada para sua efetiva aplicação.
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