Um grupo formado por pelo menos 15 ex e atuais funcionários da Apple iniciou um movimento para reunir denúncias de assédio e más condições no ambiente de trabalho.
A campanha foi batizada de #AppleToo, inspirada no movimento #MeToo que começou com artistas do entretenimento. A iniciativa conta com um site e contato direto com atuais colaboradores da Maçã em um servidor no Discord.
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O objetivo da campanha é servir como um espaço seguro de conversa para funcionários que sofreram algum tipo de discriminação, assédio, preconceito ou tratamento injusto em ambiente de trabalho — seja por questões de gênero, sexualidade, etnia ou hierarquia, entre outros fatores. Relatos de trabalhadores de todos os setores da companhia são válidos, desde atendentes das Apple Stores até programadores.
O que pode acontecer?
Segundo os organizadores, o clima de segredo que envolve a companhia acaba criando também um ambiente intimidador e pouco transparente até mesmo em relação a quem trabalha no local.
"Quando testemunhamos ou sentimos isso em nosso local de trabalho, somos encarados com um padrão de isolamento, degradação e manipulação. Não mais. Esgotamos todas as vias internas. Falamos com nossas lideranças, com a divisão de Pessoas. Fomos até o setor de Conduta dos Negócios. Nada mudou", explicam os organizadores.
O grupo está preparando um comunicado feito em conjunto para expor parte da situação e solicitar mudanças por parte da Apple. Recentemente, funcionários também criticaram a empresa pelas políticas de retorno ao trabalho presencial mesmo com alta de casos de covid-19 — o que fez a marca desistir dos planos originais.