A fabricante chinesa Huawei parece não ter desanimado com a recente queda na venda de smartphones e, apesar das dificuldades impostas pela guerra política e comercial com os Estados Unidos, acredita que o retorno às cabeças da indústria é questão de tempo.
O pensamento é de Guo Ping, o atual presidente da marca, que conversou com funcionários em uma sessão fechada de perguntas e respostas. Segundo ele, a marca atualmente está presa em uma situação complicada: a empresa é capaz de criar chips pequenos e econômicos o suficiente para fazer o mercado avançar, mas não possui parceiras que estejam interessadas ou liberadas para negociar.
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Entretanto, Ping mostrou-se otimista e crê que a situação será revertida. "A Huawei vai continuar existindo no campo de telefonia móvel e, com avanços contínuos em produção de chips, o trono dos smartphones será eventualmente retomado", afirma o executivo.
Queda livre
A Huawei chegou a ocupar a vice-liderança do mercado global de smartphones, ficando atrás apenas da Samsung. Entretanto, a briga que começou durante a administração de Donald Trump e continuou sob a presidência de Joe Bien nos EUA fez com que várias parceiras comerciais fossem impedidas de negociar com a empresa — o que inclui marcas de semicondutores e até mesmo a licença do uso do Android.
Com os problemas, a Huawei foi obrigada primeiro a usar um Android sem o ecossistema da Google e, posteriormente, adotar o próprio sistema operacional, o Harmony OS. Além disso, a empresa vendeu a Honor, uma bem sucedida subsidiária de dispositivos móveis focados em custo-benefício. No último trimestre, a companhia registrou uma queda recorde na receita gerada e até saiu do "top 5" global de maiores marcas de smartphone.
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