Pelo menos 23 startups na América Latina ultrapassaram o limite de avaliação de US$ 1 bilhão, aponta um relatório divulgado pela plataforma Crunchbase. Juntas, as empresas levantavam em 2021 mais de US$ 15 bilhões para alavancar os negócios em setores que vão de fintechs a alimentos.
Grande parte dos investimentos nos unicórnios latino-americanos aconteceram este ano, quando 15 empresas fizeram rodadas de financiamento. Entre as maiores aportes recebidos, estão o banco digital brasileiro Nubank, que levantou US$ 750 milhões, e as plataformas de delivery de comida Rappi, da Colômbia, e iFood, do Brasil – cada uma captou US$ 500 milhões.
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Domínio das fintechs brasileiras
C6 Bank recebeu US$ 2,3 bilhões do banco JP Morgan. (Fonte: C6 Bank/Reprodução)Fonte: C6 Bank/Reprodução
O segmento de fintechs representou 40% de todo o capital de risco investido na região no ano passado, de acordo com a Associação para Investimento de Capital Privado na América Latina (LAVCA). Atualmente, cerca de dois terços dos unicórnios latino-americanos estão no Brasil.
Em 2021, além do Nubank, houve grandes rodadas de investimentos para o banco digital Neon, a plataforma de empréstimos Creditas e a EBANX, todas sediadas no Brasil.
Apesar disso, o maior negócio de fintech registrado na América Latina não foi realizado em uma rodada de investimento tradicional. No final de junho, o JP Morgan pagou US$ 2,3 bilhões por uma participação de 40% no C6 Bank, banco digital brasileiro que acumulou mais de 7 milhões de clientes em dois anos de existência.
Abertura de capital
Mercado livre já captou mais de US$ 80 bilhões na bolsa de valores. (Fonte: Mercado Livre/Reprodução)Fonte: Mercado Livre/Reprodução
Os investidores das bolsas de valores também têm sido receptivos a startups da América Latina. A dLocal, fornecedora de processamento de pagamentos transfronteiras do Uruguai, realizou seu IPO na Nasdaq no início de junho, e atualmente está avaliada em cerca de US$ 14 bilhões.
A VTEX, empresa brasileira que gerencia o comércio digital de grandes varejistas, abriu seu capital recentemente na Bolsa de Valores de Nova York. A companhia alcançou avaliação de aproximadamente US$ 4,5 bilhões.
As duas seguem o caminho aberto por outras startups, como a Mercado Livre, que abriu o capital em 2007. A empresa sediada em Buenos Aires viu o valor de suas ações se multiplicar quase cinco vezes nos últimos três anos e já captou mais de US$ 80 bilhões no mercado.
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