A Microsoft, que colaborou com promotores norte-americanos na construção de um gigantesco processo antitruste federal contra o Google, recebeu agora uma intimação. O documento, juridicamente conhecido como subpoena duces tecum, obriga a companhia de Redmond a produzir milhões de documentos, a pedido da equipe de defesa.
Conforme o site The Verge, em uma audiência realizada na manhã de sexta-feira (30), o juiz do caso, Amit Mehta, ouviu argumentos dos dois gigantes da tecnologia, e concluiu que “mais informações são necessárias antes que o tribunal possa dar uma orientação sobre quantos dados internos a Microsoft seria obrigada a produzir”.
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Quando o megaprocesso contra o Google foi aberto pelo Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), em 2020, a Microsoft forneceu mais de 400 mil documentos aos promotores que tentavam configurar um comportamento anticompetitivo do gigante das buscas. O que ocorreu na audiência de sexta-feira foi que a defesa do Google reivindicou “uma gama semelhante de documentos que possam ser úteis”.
Fonte: iNEWS/ReproduçãoFonte: iNEWS
Microsoft terá que fornecer a documentação
A gigante de Mountain View já havia solicitado os papéis diretamente à Microsoft em abril, afirmando tratar-se de "documentos mais antigos que esclarecerão se a empresa de Redmond foi realmente impedida de competir com o Google ou se simplesmente não conseguiu competir com sucesso quanto aos méritos".
Porém, de acordo com a petição atual, a Microsoft concordou que somente oito dos seus 27 executivos tivessem suas documentações investigadas, além de limitar drasticamente as sequências de pesquisas a que estariam sujeitos. Com isso, o Google buscou a própria via judicial, para que a dona do Windows fosse obrigada a produzir os documentos desejados.
A Microsoft argumentou que os volumosos pedidos do Google são descabidos e visam unicamente atrasar o processo. Tendo ouvido as duas argumentações, o juiz ponderou que não havia informações suficientes da Microsoft sobre o ônus representado pela produção das provas, e que estas deveriam ser providenciadas até 20 de agosto, prazo final estabelecido para novos arquivamentos.
Com isso, mantém-se o cronograma do épico julgamento EUA x Google, que prevê o início de seus trabalhos em setembro de 2023.
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