A Tesla concordou em pagar US$ 1,5 milhão para resolver uma ação judicial movida por donos do sedan elétrico Model S. Os motoristas alegam que uma atualização de software teria reduzido a tensão máxima da bateria dos veículos.
Lançado em 2019, o update deixou a velocidade de carregamento mais lenta e reduziu a autonomia de 1.743 carros. Com o acordo, a montadora aceitou pagar US$ 625 – cerca de R$ 3.390 – a cada um dos proprietários de veículos afetados.
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Model S foi o primeiro carro elétrico com autonomia superior a 640 km.Fonte: TopGear/Reprodução
“Esse valor é muito mais que o valor rateado da tensão máxima temporariamente reduzida e, portanto, representa um resultado excelente e eficiente”, destaca o documento do tribunal americano.
Ainda não foi determinado como os donos do Model S receberão a indenização da Tesla. Um juiz do tribunal dos EUA convocará uma nova audiência sobre o acordo proposto em 9 de dezembro.
Investigações comprovaram a redução
Advogados dos proprietários do Model S conduziram uma investigação para avaliar a limitação de tensão. Então, foi constatado “uma redução de 10% por cerca de 3 meses, e uma redução menor de 7% durante mais de 7 meses antes da atualização de correção em março de 2020”.
Segundo os motoristas, a tensão da bateria dos carros apenas mostrou uma restauração estável após o segundo update. Fato que teria prejudicado o desempenho dos veículos conhecidos por ter autonomia superior a 640 KM.
Esta não é a primeira vez que a Tesla é forçada a indenizar clientes após reduzir a autonomia das baterias. Em maio, a marca foi obrigada a pagar 136 mil coroas norueguesas (R$ 80 mil) a milhares de motoristas da Noruega que alegaram o mesmo problema.
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