Nesta sexta-feira (30), durante testes na que promete se tornar das maiores plantas de armazenamento e fornecimento de energia do mundo, uma unidade de bateria Megapack da Tesla pegou fogo na Austrália. De acordo com autoridades, pessoa alguma se feriu e o lugar em que o incidente ocorreu foi evacuado.
O incêndio teria se iniciado durante operações relacionadas ao Victorian Big Battery Megapack, nome do projeto encabeçado pela francesa Neoen. Louis de Sambucy, diretor administrativo da companhia, afirmou em comunicado oficial que ambas as empresas envolvidas "estão trabalhando em estreita colaboração com os serviços de emergência para administrar a situação."
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Emissora local mostra incêndio em Tesla Megapack.Fonte: Reprodução/7NEWS Melbourne
Ainda segundo Sambucy, o evento não vai causar impactos negativos ao atendimento fornecido à região, e o Corpo de Bombeiros local informou que se dedica a impedir que as chamas se espalhem do produto de 13 toneladas para outras unidades próximas.
Além disso, mesmo, a princípio, não havendo ameaça à comunidade, um monitoramento atmosférico está em andamento, dada a possiblidade de que gases tóxicos gerem prejuízos à saúde da população – orientada a manter portas e janelas fechadas.
Elemento essencial
Assim que começar a funcionar, o Victorian Big Battery Megapack deve oferecer 300 megawatts (MW) de potência de pico e armazenar até 450 megawatts-hora (MWh) de energia, o suficiente para abastecer 1 milhão de residências por hora.
Pertencentes à já citada Neoen, a construção e a manutenção dos equipamentos ficam por sua conta, mas custos operacionais serão arcados por consumidores como parte de suas faturas. Representantes da indústria, entretanto, criticam o acordo pela ausência de transparência, indica o jornal Sydney Morning Herald.
De todo modo, o projeto, que recebeu US$ 118 milhões do governo australiano (mais de R$ 607,8 milhões, em conversão direta), é considerado elemento essencial para que o estado em que será instalado, Victoria, cumpra sua meta de uso de energia renovável de 50% até 2030.
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