A oferta inicial de ações (IPO) da fabricante de eletrônicos Multilaser, avaliada em R$ 9 bilhões, foi realizada e a companhia estreou no mercado com o pé direito. Além de ter movimentado R$ 2,2 bilhões em sua estreia na B3, os papéis da empresa valorizaram 12%.
O objetivo da abertura de capital é captar recursos para acelerar a expansão seus negócios e reduzir dívidas. Nos últimos três anos, a empresa teve um crescimento anual médio de 26,8%.
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A estreia na bolsa de valores estava prevista para a semana passada, mas foi adiada para quinta (22) por conta da volatilidade do mercado, causada pela preocupação quanto ao impacto na economia da variante Delta da covid-19.
Perfil da Multilaser
Primeira loja física da Multilaser em São Paulo oferece uma gama variada de produtos, muitos com fabricação própria ou em parceria com grandes marcas. (Fonte: Multilaser/Reprodução)Fonte: Multilaser/Reprodução
A Multilaser foi fundada em 1987 como uma recarregadora de cartuchos, mas expandiu seus negócios para a fabricação, importação e comercialização de produtos relacionados a tecnologia, acessórios multimídia e até brinquedos.
Hoje, a empresa tem um portfólio com 5 mil produtos, de todos os preços, que vão desde pen-drives, tablets e notebooks, além de equipamentos hospitalares e soluções automotivas. Por isso, a Multilaser enfrenta uma concorrência acirrada de diferentes companhias, inclusive internacionais.
Além do catálogo extenso de produtos, a Multilaser se mantém antenada com as tendências globais. A empresa começou a fabricar no Brasil bicicletas elétricas dobráveis.
Para sobreviver no mercado, também firmou parcerias com grandes companhias, incluindo Nokia, Fisher-Price e Microsoft. Mais recentemente, a empresa fechou um contrato com o grupo chinês Hisense para fabricar televisores da marca Toshiba no Brasil.
Alto potencial de valorização
A Multilaser, que será negociada com código MLAS3 na bolsa, tem um alto potencial de valorização, de acordo com analistas de mercado. Por esse motivo, a empresa atraiu grandes investidores institucionais, como os fundos Velt, Moat, Trust e XP Asset.
As ações da Intelbras, outra empresa produtora de eletrônicos listada na bolsa brasileira, dobraram de valor desde a estreia no mercado, ocorrida em fevereiro.
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