A Google vai responder a um novo processo nos Estados Unidos por acusações de práticas anticompetitivas de mercado. Segundo a Bloomberg, a ação judicial foi instaurada por um grupo de advogados em uma corte federal de San Francisco, na Califórnia, e envolve 36 estados e a capital Washington.
O processo critica a política da companhia de impor uma taxa de 30% sobre compras e microtransações em aplicativos e jogos na loja digital Play Store, do Android. O texto diz que o Google usou táticas ilegais para enfraquecer a competição e garantir que desenvolvedores utilizem o marketplace da empresa para alcançar mais usuários, realizando a cobrança no caminho.
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Google responde
Segundo o diretor sênior de políticas públicas da Google, Wilson White, o processo "ataca um sistema que garante mais abertura e escolha que outros" e imita características do processo da Epic Games, desenvolvedora de Fortnite.
"Esta reclamação alega que os consumidores e desenvolvedores não têm outra opção senão usar o Google Play. Mas isso não é correto", explica o executivo. "A escolha sempre foi um princípio fundamental do Android. Os fabricantes de dispositivos e operadoras podem pré-carregar lojas de aplicativos concorrentes com o Google Play em seus dispositivos."
A Google é alvo de outra investigação antitruste na Europa não relacionada, além do processo da Epic Games que também envolve a Apple. A Play Store é alvo de acusações similares em tribunais há alguns anos e, no início de 2021, a empresa até reduziu a taxa cobrada de desenvolvedoras pequenas em uma tentativa de escapar de críticas.
Vale lembrar que, ao contrário da Maçã, a Google permite a instalação de aplicativos por meios alternativos — seja por outras lojas de apps, como a da Amazon, ou a execução direta de arquivos no formato APK.
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