Novo CEO da Qualcomm mira mercado chinês e setor de notebooks

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O executivo brasileiro Cristiano Amon, veterano da empresa de semicondutores Qualcomm, assumiu oficialmente o cargo de CEO da companhia neste mês. Ele substitui Steve Mollenkopf, que ocupou a posição desde 2014 e deixou o cargo por vontade própria.

Em entrevista para a agência de notícias Reuters, Amon comentou a respeito da situação atual da Qualcomm e evidenciou alguns pontos que devem ser o foco inicial de sua gestão: o mercado da China e o fornecimento de componentes para notebooks.

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A questão chinesa é relevante por um motivo bastante especial: a perda de força da Huawei devido às sanções impostas pelo governo dos EUA deixa uma lacuna para que novas marcas ocupem o volumoso setor de processadores na região.

5G, notebooks e alianças

Além disso, Amon vai dedicar bastante atenção à divisão que presidia anteriormente: o setor de chips, mais especificamente as CPUs com modems embutidos que fornecem tecnologias que incluem o 5G. Atualmente, a fabricante domina 70% do mercado de semicondutores com a nova geração de conectividade móvel.

A aquisição da NUVIA, completada em março de 2021, deve ajudar bastante nesse quesito. Os chips com a tecnologia da marca devem ser lançados em 2022 e melhorar a performance de aparelhos que já confiavam na fabricante.

Amon ainda disse que não vê problemas em realizar parcerias caso outras companhias apresentem resultados satisfatórios. "Nós precisávamos ter o desempenho líder para um dispositivo que roda a partir de bateria. Se a ARM, com a qual tivemos relações por anos, eventualmente lançar uma CPU melhor que aquela que construirmos, então sempre teremos a opção de licenciar da ARM", explicou.

Entretanto, isso não significa que a companhia deixará de lado os celulares, outro mercado em que ela é bastante presente — e que traz desafios cada vez maiores. "Temos uma indústria madura de smartphones hoje. As pessoas se importam com o que está por trás do vidro", afirmou à Reuters.

O executivo ainda reforçou que a Qualcomm não deve entrar no mercado de data centers em curto prazo, preferindo alianças com marcas do setor quando necessário.

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Fontes

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