A Bloomberg revelou na terça-feira (29) que Microsoft e Google encerraram uma histórica trégua entre as duas companhias, que já durava seis anos. Uma espécie de "pacto de não agressão", o acordo foi firmado para evitar batalhas judiciais e investigações de agências reguladoras. Com isso, as duas Big Techs não reclamavam uma da outra desde 2015.
Hoje, o cenário é diferente, com cada vez mais autoridades do mundo inteiro buscando impor limites ao poder das maiores empresas de tecnologia. Nesse caso, as companhias envolvidas ainda são rivais em campos altamente competitivos, como pesquisas na web, computação em nuvem e inteligência artificial.
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O sinail de que a antiga parceria já não estava mais funcionando veio em fevereiro, quando a Microsoft, através de seu presidente Brad Smith, apoiou publicamente uma lei na Austrália que obriga o Google a pagar aos editores de notícias por seu conteúdo. A companhia de Redmond ainda aproveitou para “tirar uma casquinha” sobre o mercado de anúncios do gigante das buscas.
O fim do pacto entre Microsoft e Google
Fonte: The Monk News/ReproduçãoFonte: The Monk News
Segundo o Financial Times, o acordo entre as duas gigantes deveria melhorar a cooperação tecnológica entre ambas. Assim, a Microsoft tinha esperança de encontrar um jeito de rodar aplicativos Android no Windows, o que obviamente não aconteceu. Com isso, a empresa de Redmond fez um acordo com a Amazon Appstore para que apps Android rodem no novo Windows 11.
Quando a Microsoft brigou para fornecer aos profissionais de marketing, acesso igual aos mecanismos de busca em campanhas organizadas com tecnologia do Google, este respondeu que a oposição da Microsoft não busca, na verdade, proteger os criadores de conteúdo, mas apenas os seus próprios interesses, por considerar a empresa de Moutain View, uma grande ameaça aos seus negócios de computação em nuvem.
O fato é que, ao encerrar o pacto, tanto Microsoft quanto Google acabam entregando importante munição um contra o outro, que certamente será usada pelas agências reguladoras mundiais.