A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) aprovou de forma unânime nesta quinta-feira (17) o andamento do processo de proibição e limitação de equipamentos de telecomunicações e vigilância em vídeo de algumas companhias chinesas. As marcas Huawei e ZTE são as principais afetadas.
De acordo com a nova decisão, as empresas foram consideradas possíveis riscos para a segurança nacional e devem ter o banimento oficializado, o que inclui a utilização de infraestrutura para o 5G e equipamentos de conexão sem fio dessas marcas.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Até mesmo autorizações previamente concedidas podem ser revogadas de forma retroativa, cancelando contratos em andamento e obrigando a substituição de aparelhos. A decisão final deve ser oficializada após uma nova etapa de deliberação, esta a respeito do reembolso para quem utiliza equipamentos das marcas. As reuniões estão marcadas para julho de 2021.
O que dizem as marcas
Em um comunicado enviado à Reuters, um porta-voz da Huawei disse que a decisão da FCC é "mal conduzida e desnecessariamente punitiva". A ZTE ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Já um porta-voz do governo chinês condenou a ação e chamou o banimento de "politização de assuntos econômicos".
Huawei lançou, recentemente, o SO HarmonyOS para driblar restrições de uso dos serviços do Google.
Longa disputa
Em 2020, a FCC já havia considerado Huawei e ZTE como ameaças à segurança dos EUA, mas sem propor um próximo passo. Anteriormente, a dupla já estava banida do fundo de infraestrutura para telefonia e recebeu diversas sanções, como a proibição de negociar com marcas norte-americanas.
O cerco contra as fabricante chinesas começou especialmente no governo de Donald Trump, mas a administração de Joe Biden não limitou as sanções — pelo contrário, o presidente recentemente proibiu que marcas na lista de suspeitas recebam investimentos de norte-americanos.
Fontes