Cinco mulheres, que trabalham ou já trabalharam na Amazon, processaram individualmente a empresa na quarta-feira (19), com alegações de discriminação racial e de gênero, agravadas por atitudes de retaliação por parte das chefes brancos, após as queixas serem apresentadas.
Movidas em quatro tribunais federais distintos dos Estados Unidos, as ações revelam um padrão. Representante das reclamantes, o advogado Lawrence Pearson explicou à revista Forbes que, em todos os casos, “os gerentes da Amazon, mesmo quando piram, são acobertados pela administração”. E conclui: “A funcionária que levanta a questão é frequentemente tratada como se fosse ela o problema".
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Em um comunicado à imprensa por email, a porta-voz da Amazon, Jaci Anderson, rejeitou as alegações das cinco funcionárias e afirmou: “Estamos conduzindo sindicâncias completas para cada um desses casos isolados, como fazemos com quaisquer incidentes relatados, e não encontramos evidências para apoiar as alegações”.
Fonte: Johannes Eisele/AFP/ReproduçãoFonte: Johannes Eisele/AFP
Quem são as mulheres que estão processando a Amazon?
Diana Cuervo, uma mulher latina de 40 anos, ex-gerente de depósito, diz ter sido demitida após reclamar que seu supervisor vivia usando frases de cunho racial, como: “Latinos são uma merda”. Outras duas reclamantes, Emily Sousa e Cindy Warner, alegam separadamente terem sido objeto de assédio sexual, racial e de gênero.
Pearl Thomas, uma gerente de RH negra de 64 anos afirma que foi chamada com a palavra impronunciável (“nigger”) pelo seu supervisor e, após reclamara dele, foi colocada em um plano de melhoria de desempenho. Outra reclamante negra, Tiffany Gordwin, afirmou ter sido preterida em uma seleção para gerente pela cor da sua pele.
O litígio judicial acontece a apenas uma semana da assembleia anual de acionistas da empresa, na qual serão votadas importantes propostas de melhorias, entre elas a proposição de uma auditoria de equidade racial, à qual a Amazon tem resistido reiteradamente.
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