Tentando reverter uma ação antitruste que pode custar US$ 800 milhões a seus cofres, a Apple quer arquivar um processo encabeçado por desenvolvedores do Coronavirus Reporter, um aplicativo que, segundo os responsáveis pela ferramenta, seria o primeiro a "capturar e obter dados bioestatísticos e epidemiológicos críticos" a respeito da pandemia.
Segundo os envolvidos, após o app ser rejeitado pela empresa da Maçã em janeiro, houve a solicitação de uma nova análise e que a companhia permitisse a disponibilização do recurso na App Store, assim como expandisse suas regras para possibilitar que outras organizações além de seguradoras, como empresas de biotecnologia ou bioinformática, lançassem soluções do tipo para o iOS.
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Algumas exigências, afirmam, foram acatadas. Entretanto, o Coronavirus Reporter foi rejeitado uma segunda vez "sem um bom motivo", mesmo após o fornecimento de documentos adicionais. Então, os criadores decidiram processar a big tech pela suposta tentativa de manutenção de monopólio sobre as notificações de exposição ao novo coronavírus, algo fornecido por ela.
Desenvolvedores acusam Apple em ação antitruste – e ela recorre.Fonte: Reprodução
Bate-boca milionário
Políticas da companhia, argumenta a Apple, impedem que aplicativos como o Coronavirus Reporter, que não façam parte de iniciativas de organizações de saúde oficiais, sejam incluídos na App Store. Desse modo, defende, não se trata monopólio. Além disso, destaca que os desenvolvedores estão recorrendo "cegamente" a outros casos antitruste para bancarem os "salvadores da pátria".
Por fim, a gigante repetiu suas alegações originais de que aqueles que a processam adicionaram erroneamente textos de cinco outros criadores de apps em outras ações, apenas os copiando e colando. Agora, em um documento público de 26 páginas, pede que o caso seja arquivado.
Em sua defesa, os criadores destacam que a empresa incluiu "o ex-cardiologista da NASA responsável por criar o 'teste padrão ouro' para detectar ataques cardíacos" nos projetos do Coronavirus Reporter.
Fontes