Em um evento do jornal Valor Econômico realizado nesta quarta-feira (28), o diretor de privatizações do BNDES, Leonardo Cabral, afirmou que a privatização dos Correios deverá ocorrer somente no ano que vem. Segundo ele, é possível que pelo menos 70% do capital da empresa seja oferecido à iniciativa privada.
De acordo com o executivo, a operação, que ainda depende de decisões de outros órgãos, deverá resultar em uma fatia minoritária da empresa para a União. “Não vender 51% e manter participação relevante”, afirmou Cabral, pois isso poderia atrapalhar tanto o certame quanto a operacionalização da companhia.
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Fonte: Valor Econômico/ReproduçãoFonte: Valor Econômico
Os próximos passos da privatização dos Correios
A venda do controle dos Correios foi incluída no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criado pelo Governo Federal com o objetivo de reforçar a coordenação das políticas de investimentos em infraestrutura mediante a realização de parcerias com o setor privado.
Tramitando atualmente em regime de urgência no Congresso, a expectativa do governo é de que até o meio do ano o projeto já esteja definido pela Câmara para que o processo de privatização continue. De acordo com Cabral, a modelagem inicial já foi aprovada com consultores e está em fase de detalhamento.
Os próximos passos ocorrerão em agosto ou setembro: a deliberação pelo conselho de ministros e a análise do Tribunal de Contas da União (TCU) “que deve terminar no fim de 2021”, afirma o diretor. Após a aprovação do TCU, o edital do leilão será publicado e, dependendo da resposta do mercado, em janeiro ou fevereiro de 2022, a transação poderá ocorrer.
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