Mais uma empresa de corridas por aplicativo está abrindo mão de veículos autônomos próprios. Desta vez, em uma transação que envolverá US$ 550 milhões, a Lyft venderá sua divisão de nível 5 para uma subsidiária da Toyota, a Woven Planet Holdings, um negócio que deve ser fechado no primeiro trimestre de 2021 e encerra uma jornada de quatro anos da companhia.
Manter projetos do tipo é algo custoso, e o objetivo da Lyft, que, em 2017, contratou centenas de engenheiros para trabalharem em sua instalação de mais de 4,5 mil metros quadrados localizada na Califórnia e adquiriu, em 2018, a startup de realidade aumentada Blue Vision Labs por US$ 72 milhões para acelerar seus esforços, não chegou nem perto de se concretizar.
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Apesar de ter afirmado na época que, até este ano, grande parte de sua frota seria formada pelas unidades que pretendia colocar nas ruas de Las Vegas e de alguns sucessos técnicos, grande parte dos veículos ativos é apenas direcionada a testes – e está bem longe de ser utilizada em massa. Com a Toyota, por outro lado, as coisas podem mudar.
Acordo encerra trajetória de quatro anos da Lyft.Fonte: Reprodução
Trajetória consistente
Na transação, a montadora japonesa concordou em utilizar os dados e a plataforma da Lyft para qualquer serviço que venha a lançar sob a marca Woven Planet Holdings e deve aplicar toda a sua experiência já adquirida com carros autônomos ainda desconhecidos.
Aliás, ela já ofereceria soluções do segmento durante os Jogos Olímpicos de Verão de Tóquio, adiados pela pandemia da covid-19. Além disso, investiu, em 2020, US$ 400 milhões na Pony.ai, uma startup autônoma com sede nos Estados Unidos e na China.
Toyota se dedica há um bom tempo a veículos autônomos.Fonte: Reprodução
Dentre outras ações, desenvolveu um software autônomo chamado "Chauffeur"; um sistema avançado de assistência ao motorista semelhante ao piloto automático da Tesla, o "Guardian"; e vem realizando testes em suas instalações de campo fechado em Michigan há vários anos.
Agora, a companhia cedeu US$ 200 milhões à Lyft antecipadamente e fornecerá o restante pelos próximos cinco anos, gerando uma economia anual de US$ 100 milhões à sua parceira.
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