O Banco da Inglaterra, espécie de Banco Central do Reino Unido, anunciou nesta segunda-feira (19) que está estudando a criação de um novo dinheiro digital britânico. A moeda, que seria voltada para a utilização de consumidores comuns e empresas, não substituiria o dinheiro de papel e os depósitos bancários, ressaltou a instituição.
Para estudar o assunto, foi criada uma força-tarefa do Central Bank Digital Currency (CBDC), composta pelo HM Treasury (departamento do governo britânico responsável pela política econômica) e pelo próprio Banco da Inglaterra.
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A iniciativa pretende verificar os benefícios, riscos e os aspectos práticos da criação da moeda, que se chamaria CBDC, que são justamente criptomoedas emitidas por bancos centrais. A discussão em torno do assunto deve envolver empresas, governos e sociedade civil.
O grupo de trabalho quer garantir uma abordagem estratégica sobre o assunto e tem entre as missões: coordenar e explorar os objetivos e usos do CBDC; avaliar as características e o design que a moeda precisa ter para atingir os objetivos e monitorar o desenvolvimento internacional do CBDC para garantir que o Reino Unido permaneça na vanguarda global de inovação.
O chanceler do Tesouro do Reino Unido, cargo parecido com um ministro das Finanças, brincou com a possibilidade. Pelo Twitter, ele sugeriu que a moeda digital seria a “britcoin”.
Britcoin? #UKFW21 https://t.co/Slk5lwUvrV
— Rishi Sunak (@RishiSunak) April 19, 2021
Outras iniciativas
O governo do Reino Unido não é o único que está correndo atrás do lançamento de uma criptomoeda. No final do ano passado, o Banco de Compensações Internacionais (BIS), espécie de Banco Central Mundial, anunciou que o lançamento de uma CBDC está nos planos.
Antes disso, a China é um dos países pioneiros nesse quesito. O gigante asiático já lançou e tem feito testes práticos com o chamado “yuan digital”, que tem sido distribuído até por meio de sorteios em lotéricas.
No Brasil, o Banco Central também criou um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de desenvolver um “real digital”. A moeda complementaria sistemas como o PIX, lançado no final do ano passado.
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