O Procon-SP notificou, nesta quarta-feira (17), as operadoras de telefonia Oi, Claro, TIM e Vivo, além da empresa de segurança digital PSafe, pedindo esclarecimentos a respeito do vazamento dos dados de mais de 100 milhões de linhas de celulares, revelado recentemente.
Em relação às teles, a Fundação Procon de São Paulo quer saber delas se realmente houve a exposição das informações pessoais de suas bases. Se confirmada, as companhias precisarão explicar como se deu o incidente, detalhar as medidas tomadas para contê-lo e informar o que será feito para reparar os danos e evitar novas falhas.
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Já quanto à PSafe, a instituição pediu explicações sobre como ela ficou sabendo do vazamento e quais motivos a levaram a torná-lo público, uma vez que a startup foi a responsável por confirmar a divulgação indevida dos dados sensíveis de 103 milhões de contas na dark web.
Os dados de mais de 100 milhões de clientes da telefonia celular podem ter vazado.Fonte: Rawpixel
Ainda sobre a empresa de cibersegurança, o Procon-SP fez questionamentos a respeito do contato realizado entre ela e o hacker que mora fora do Brasil e noticiou a divulgação indevida das informações. O órgão quer saber quais dados foram expostos e onde eles estão sendo vendidos.
Prazo para respostas
Também questionadas em relação às medidas adotadas para cumprir as determinações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as operadoras têm até 72 horas para responder, contadas a partir desta quarta. O prazo é o mesmo dado para a PSafe.
Enquanto isso, algumas das empresas notificadas já se pronunciaram. Ao Telesíntese, a Claro, a Oi e a Vivo disseram não ter identificado nenhum vazamento de seus bancos e afirmaram possuir padrões elevados de segurança e privacidade dos dados.
Vale notar que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) já havia notificado as empresas sobre o mesmo assunto, enquanto a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) está investigando o caso.
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