A venda das operações do TikTok nos Estados Unidos para um grupo formado por empresas como a Oracle e o Walmart, entre outras, foi adiada indefinidamente, conforme noticia o The Wall Street Journal nesta quarta-feira (10).
Segundo o veículo, a suspensão da venda do app de vídeos tem a ver com a mudança de governo no país. O novo presidente americano Joe Biden, que assumiu o cargo em janeiro, quer fazer uma ampla revisão dos esforços do seu antecessor para lidar com potenciais riscos de segurança apresentados pela coleta de dados das empresas chinesas.
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“Planejamos desenvolver uma abordagem abrangente para proteger os dados dos EUA que abordem toda a gama de ameaças que enfrentamos”, afirmou à publicação a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional Emily Horne. Ou seja, um possível banimento do TikTok só acontecerá se o governo Biden encontrar algum problema com a plataforma.
Trump alega que o app é aliado do governo chinês.Fonte: Unsplash
O negócio entre a empresa asiática e o grupo liderado pelo Walmart e a Oracle deveria ter sido concluído em setembro do ano passado. No entanto, a ByteDance, dona do app, conseguiu adiar a finalização da transação ao procurar a justiça.
TikTok x Trump
A proibição do TikTok nos EUA começou a ser debatida depois de o ex-presidente Donald Trump alegar que a plataforma de vídeos representava uma “ameaça à segurança nacional”, pois supostamente fornecia os dados coletados dos usuários ao governo da China, prática negada pelo app.
Mesmo sem apresentar provas de suas afirmações, Trump ameaçou banir o TikTok do país, fazendo os conflitos entre o serviço chinês e o governo americano se intensificarem ao longo de 2020. Com isso, a venda do app para uma empresa dos EUA passou a ser exigida pelo então presidente, em contrapartida à retirada das sanções.
As companhias envolvidas no negócio ainda não comentaram sobre a suspensão da transação anunciada pelo governo.
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