Na última terça-feira (26), Gina Raimondo, indicada por Joe Biden para chefiar o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, falou sobre a relação do país com outras nações na área de telecomunicações. Apesar de ressaltar seu comprometimento em priorizar a segurança norte-americana, não afirmou que manterá a Huawei na lista de restrições alimentada por Donald Trump, indicando que a decisão pode ser revista.
"Na medida do possível, usaria todos os recursos à minha disposição para proteger, de qualquer interferência chinesa ou influência secreta, nossos cidadãos e nossas redes", disse a também governadora de Rhode Island, em depoimento concedido ao Comitê de Comércio do Senado dos EUA, se referindo aos US$ 1,9 bilhão aprovados em congresso destinados ao financiamento da substituição de equipamentos ZTE e Huawei nas redes dos Estados Unidos.
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Gina Raimondo, indicada por Joe Biden para chefiar o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.Fonte: Reprodução
Dezenas de empresas do país asiático foram afetadas pelas proibições impostas pelo ex-presidente. Questionada pelo senador Ted Cruz se manteria a Huawei neste cenário, Raimondo se limitou a responder que consultaria diversas entidades para tomar uma decisão.
"Revisaria a política. Consultaria você, a indústria, nossos aliados e faria uma avaliação sobre o que é melhor para a segurança nacional e econômica americana", disse.
Avaliação e descontentamento
Para ocupar o cargo, Raimondo depende da aprovação do Senado norte-americano. Sendo assim, os planos de ação apresentados serão determinantes para o futuro da indicada.
Caso confirmada a posse, Gina herdará o esforço malsucedido da administração anterior de Trump para impedir que as lojas de aplicativos dos EUA ofereçam TikTok ou WeChat, de propriedade chinesa, para download.
Decisões de Donald Trump poderão ser revistas.Fonte: Reprodução
De todo modo, algumas personalidades já revelaram estar insatisfeitas com o posicionamento. Michael McCaul, principal republicano no Comitê de Relações Exteriores da Câmara, e Ben Sasse, senador do mesmo partido, teceram críticas a respeito do assunto.
"A Huawei ainda é o fantoche tecnológico do Partido Comunista Chinês e uma séria ameaça à segurança nacional", defendeu Sasse.
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