Depois de uma pena de cinco anos de prisão em 2017, da qual cumpriu apenas um, o vice-presidente da Samsung, Jay Y. Lee, pode ser novamente condenado, porém a nove anos de prisão, pena pedida pelos promotores do caso de suborno à ex-presidente da Coreia do Sul, Park Guen-hye.
No novo julgamento, marcado para 18 de janeiro próximo e considerado a audiência final do caso, Lee é protagonista de uma série de escândalos, que culminaram com o impeachment de Guen-hye, então presidente do país em 2017.
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Filho de Kun H. Lee, que foi presidente da companhia, também envolveu-se em escândalos financeiros e morreu em outubro passado, Jay Y. Lee havia retornado à companhia, onde se tornou responsável pelo setor de fabricação, após ter sua pena comutada. Porém, a justiça sul-coreana considerou a pena muito leve, e determinou a reabertura do caso com um novo julgamento.
Fonte: Jung Yeon-Je/Agence France-Presse/ReproduçãoFonte: Jung Yeon-Je/Agence France-Presse
Como será o novo julgamento de Jay Y. Lee?
O Tribunal Superior de Seu, que assumiu o caso em outubro do ano passado, sugeriu que a Samsung criasse um comitê interno de compliance, afirmando que isso poderia ser levado em consideração na sentença. Mas os promotores especiais rejeitaram imediatamente essa ideia, pedindo ao Supremo Tribunal do país para reatribuir o caso a novos juízes, pois os antigos eram “tendenciosos”. A suprema corte negou o pedido.
Em antecipação ao julgamento do dia 18, a Samsung criou o comitê de compliance sugerido pelos juízes. Logo em seguida, a empresa concedeu uma entrevista coletiva à imprensa, onde declarou que os filhos de Lee não o sucederiam no controle do grupo.
Se o tribunal conceder uma liberdade condicional ao executivo da Samsung, levando em consideração a criação do novo sistema de conformidade implantado, grande parte das pendências relacionadas ao grupo estarão resolvidas. Pelo menos até o próximo julgamento de Lee, dessa vez por fraude e manipulação no preço das ações.
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