Pandemia será um risco mundial até 2022, afirma Bill Gates

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Bill Gates, em entrevista à CNN, prevê que o pior da pandemia ainda está por vir. De acordo com o bilionário filantropo que vem estudando pandemias há décadas, o mundo enfrentará a fase mais crítica da covid-19 no período de dois a seis meses que virão, já que estimativas apontam números preocupantes de mortes nos Estados Unidos: mais de 240 mil.

Apesar de vacinas fazerem a diferença, complementa, principalmente se aplicadas com esquemas que priorizam os mais vulneráveis à contaminação pelo novo coronavírus, a vida só deve voltar ao normal em 2022.

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Existem maneiras de prevenir o pior cenário possível, defende, indicando como soluções o uso de máscaras e evitar aglomerações. Ainda assim, ressalta, as notícias são ruins.

"Achei que o país lidaria melhor com a questão. Além disso, o que me surpreende é o impacto econômico global, muito maior que o esperado por projeções que fiz há 5 anos em um cenário semelhante", lamenta.

Achei que o país lidaria melhor com a questão

Quanto ao papel da potência norte-americana, Gates deixa clara a necessidade de se aliar a outras regiões, criticando declarações do atual presidente Donald Trump de que a população de lá deveria ser priorizada em detrimento do resto do mundo.

"Devemos auxiliar a humanidade como um todo se quisermos que a economia se recupere e minimizar mortes. A tecnologia básica [utilizada na pandemia] é alemã, por exemplo, então frear compartilhamento e cooperação internacionais tem sido um erro constante cometido até agora", salienta.

"Precisamos aprimorar as capacidades de todas as vacinas em desenvolvimento. Outras aparecerão para aprovação nos próximos meses, mais fáceis de serem produzidas, e os Estados Unidos se beneficiam de outras nações. Não deveriam ser tão egoístas."

Superando desafios

Gates declarou, também, que não acredita que uma vacina seja melhor que outra, já que todas seguem processos rigorosos e pesquisas detalhadas. Quando chegar o momento, destaca,  fará questão de receber a sua dose publicamente, incentivando outras personalidades a fazerem o mesmo para representarem um exemplo à população. "É um benefício a todas as pessoas", comenta.

Quanto ao retorno à vida que conhecíamos antes, sem máscaras e medidas de distanciamento, depende, fundamentalmente, da distribuição global de imunizadores, sugere, pois existe o risco de o microrganismo retornar de outros locais.

Por fim, em relação à administração de Joe Biden, está esperançoso: "Acho que podemos superar tudo isso. Estou feliz com os profissionais e as prioridades que um presidente como ele e sua equipe estão trazendo para solucionar este problema."

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