A Polícia Federal iniciou hoje (10) uma ação para combater fraudes no pagamento do auxílio emergencial. Batizada de Operação Segunda Parcela, ela ocorre em 14 estados e ao todo foram expedidos 7 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão.
De acordo com a própria PF, grande parte da ação ocorre em cidades do estado de São Paulo. Entre as prisões realizadas nesta quinta-feira, está a de uma bancária suspeita de facilitar as fraudes.
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Ação da Polícia Federal envolve mandados de busca e apreensão.Fonte: Polícia Federal/Divulgação
Como parte da operação, a Justiça permitiu o bloqueio de R$ 650 mil em contas que receberam o auxílio de forma ilegítima. Aprovado em abril deste ano, o benefício do governo visa ajudar famílias de baixa renda impactadas pela pandemia de coronavírus.
Desde o início das investigações, a PF conseguiu detectar, bloquear e cancelar o cadastramento de mais de 3,82 milhões de solicitações irregulares. Com isso, o órgão evitou um prejuízo de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos.
A operação é uma estratégia coordenada pela Polícia Federal com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), da Caixa, da Receita Federal, da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério da Cidadania.
Fraudadores podem pegar até 8 anos de prisão.Fonte: Correio Braziliense/Reprodução
Como as fraudes são realizadas?
Segundo a Polícia Federal, os criminosos usam boletos bancários para simular operações comerciais e, assim, aplicar o golpe. Dessa maneira, o valor do benefício é depositado em contas criadas por eles, ao invés de ir para os verdadeiros beneficiários.
Por ter uma abrangência nacional, o órgão relata massivas tentativas de fraudes. Além disso, em grande parte dos casos, os fraudadores utilizam o cadastro de pessoas que não estão cientes do direito ao auxílio.
Com isso, a PF acredita no envolvimento de organizações criminosas no esquema fraudulento. Então, ela afirma que seguirá realizando investigações mais aprofundadas com o propósito de evitar novos casos.
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