Grupos de funcionários da Amazon, especialmente no setor de armazéns e centros de distribuição, marcaram protestos e greves coordenadas em mais de 15 países durante a Black Friday 2020. O objetivo é usar a data, normalmente bastante lucrativa para a companhia, para divulgar causas de entidades sociais e trabalhistas dos colaboradores e denunciar más condições de trabalho.
Segundo a Vice, a campanha #MakeAmazonPay ("Faça a Amazon Pagar", em tradução livre para o português) pede respeito da empresa aos funcionários e compromisso para se envolver em padrões de cuidados ambientes mais rigorosos.
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Na Alemanha, país em que a mobilização está mais organizada, cerca de 3 mil funcionários farão uma greve. Protestos também estão marcados em regiões como Brasil, Estados Unidos, Reno Unido, México, Índia e Austrália.
O que os funcionários querem?
O tema de condições de trabalho, que é o mais explorado pelos manifestantes, envolve tanto a alta carga de serviço com riscos elevados — que é intensificada na Black Friday e dura até as festas de final de ano — quanto as condições de saúde, já que a pandemia da covid-19 segue em níveis alarmantes em várias partes do mundo.
Os atos são tradicionais de grupos de trabalhadores, sindicados e movimentos que lutam pela causa, ocorrendo tanto em anos anteriores quanto durante o Prime Day, outra data marcante para a gigante do comércio eletrônico.
O lado da empresa
Em um comunicado oficial envolvido ao site Engadget, a Amazon afirmou que as alegações são desinformações de grupos que usam a situação da empresa para causas individuais.
"A Amazon tem um histórico forte de apoiar nosso pessoal, consumidores e comunidades, incluindo em garantir condições seguras de trabalho, o salário mínimo de US$ 15 e ótimos benefícios, sendo uma liderança em mudanças climáticas com o compromisso do Climate Pledge em zerar emissões de carbono até 2040 e pagando mais de US$ 5 bilhões em impostos globalmente".
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