Os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2021 divulgados pela Xiaomi mostraram que ela não somente teve um sucesso excepcional mundo afora como ganhou usuários no Brasil, alcançando o quinto lugar no mercado de smartphones no país – um feito e tanto, já que, de acordo com um relatório da empresa de pesquisa Gartner, ele encolheu 5,7% em um ano, por conta da pandemia de covid-19.
A Samsung continua líder, seguida pela Motorola e LG (segundo a consultoria Canalys, que forneceu dos dados para o mês de novembro, o quarto lugar é indeterminado) e, em quinto, pela Xiaomi.
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Segundo o diretor de pesquisa Anshul Gupta, da Gartner, “pela primeira vez este ano, as vendas de smartphones para usuários finais em três dos cinco principais mercados, ou seja, Índia, Indonésia e Brasil, aumentaram em 9,3%, 8,5% e 3,3%, respectivamente, mesmo os consumidores limitando seus gastos”.
A inauguração da primeira Mi Store, em São Paulo.Fonte: Estado de S. Paulo/ Felipe Rau/Reprodução
A Xiaomi chegou oficialmente no país em 2014, encerrou suas atividades e retornou no ano passado, representada pela DL Eletrônicos, abrindo duas lojas oficiais (as chamadas Mi Stores) em São Paulo e uma virtual, onde vende smartphones, wearables e produtos para o lar, como aspiradores-robôs e balanças.
Em comunicado, a empresa afirma que “o grupo Xiaomi manteve seu forte ritmo de crescimento no terceiro trimestre de 2020 e registrou recorde de receita trimestral e lucro líquido. Durante o trimestre, alcançamos um crescimento sustentado em vários segmentos de negócios, continuando a perseguir sua estratégia principal de 'Smartphone x AIoT'”.
Lucro recorde
Em seu demonstrativo financeiro, a gigante chinesa revelou aumento de 19% no lucro líquido do terceiro trimestre, creditados à venda de 44 milhões de smartphones no período (45% a mais que 2019), o que gerou um crescimento da receita em US$ 7,7 bilhões (um aumento de 47,5%); a receita trimestral geral subiu de US$ 8,15 bilhões para US$ 10,93 bilhões.
Mais de cem milhões de telefones Xiaomi serão enviados às lojas nos próximos seis meses, um aumento de 50% nas projeções anteriores às sanções impostas pelos EUA à Huawei. Esta permanece em segundo lugar entre as maiores fabricantes mundiais de smartphones, atrás da Samsung. A Xiaomi desalojou a Apple, em quarto lugar, seguida pela Oppo.
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