O sistema de transferências e pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central (BC) e que já conta com a participação de diversas instituições está na "boca do povo" há algum tempo, e o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, não está de fora das discussões – ainda que não esteja falando exatamente sobre a revolução da modalidade. De acordo com a Folha de S. Paulo, em conferência realizada nesta quinta-feira (19), Guedes voltou a abordar a criação de um imposto sobre transações após o período eleitoral e defendeu a implementação de taxas sobre o PIX.
Para ele, alíquotas consideradas baixas, que poderiam ser de 0,10% ou 0,15%, deveriam ser cobradas – sendo que estudos iniciais do Ministério previam 0,20% tanto para quem paga quanto para quem recebe, nos moldes do antigo CPMF, totalizando 0,40%. Independentemente de quais sejam, contrariam a proposta inicial do sistema: gratuidade.
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Paulo Guedes, ministro da Economia, defende cobrança de impostos sobre transações com o PIX.Fonte: Reprodução
Apesar de reconhecer que a novidade é interessante, permitindo a realização de transações por custo baixo, salientou que o Governo pode considerar taxar um pouco do que chamou de "tráfego nessa estrada." Não citou a palavra "pedágio", mas a cobrança de valores daqueles que trafegam em uma espécie de "rodovia digital" cabe bem na analogia proposta.
Segundo João Manoel de Mello, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, em entrevista ao UOL, o PIX, que entrou em funcionamento na última segunda-feira (16), seguindo a formato em andamento, beneficia todo mundo, inclusive os bancos. Aparentemente, tem quem busque vantagens adicionais.