O Vale do Silício poderá respirar em paz com Joe Biden?

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Depois de quatro anos de incertezas, as grandes empresas de tecnologia ainda não sabem como será a presidência de Joe Biden. Se o novo chefe de governo americano está se cercando de gente proveniente das Big Techs, seu partido acha que elas estão "big" demais.

Biden contratou Jessica Hertz, ex-conselheira associada do Facebook, e Cynthia Hogan, ex-vice-presidente da Apple para assuntos governamentais, para sua equipe de transição. O Vale do Silício está representado ainda pelo ex-presidente da Google Eric Schmidt, grande arrecadador de fundos de campanha, e mais Sheryl Sandberg, do Facebook, e Marc Benioff, da Salesforce (ambos apoiadores da vice-presidente Kamala Harris, cujo cunhado e ex-chefe de gabinete é o diretor jurídico da Uber Tony West).

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Obama e Zuckerberg: o governo mudou e a empresa também.Obama e Zuckerberg: o governo mudou e a empresa também.Fonte:  Getty Images/Bloomberg/Reprodução 

Mas, desde quando Joe Binden esteve na Casa Branca, lembra o consultor de tecnologia para o então governo Tim Wu, “houve uma grande mudança. Obama chegou ao poder em 2008; ninguém sabia se Google ou Facebook sobreviveriam”.

Obama 2.0

Se, como disse um executivo do setor ao Finantial Times, “Biden tem muitos amigos na indústria”, o Vale do Silício deve estar preparado para enfrentar desafios políticos, como uma legislação antitruste mais rígida, até as ameaças de desmembrar as maiores companhias. “Será um período tipo Barack Obama 2.0? De jeito nenhum”, disse ele.

O diretor de comunicações de Biden, Bill Russo, compartilhou um post do comediante Sacha Baron Cohen sobre Trump e Zuckerberg (“Um já foi, falta outro”) acrescentando um “É claro que sim"; o tweet foi apagado.O diretor de comunicações de Biden, Bill Russo, compartilhou um post do comediante Sacha Baron Cohen sobre Trump e Zuckerberg (“Um já foi, falta outro”) acrescentando um “É claro que sim"; o tweet foi apagado.Fonte:  Twitter/Bill Russo/Reprodução 

Outra grande preocupação é quanto aos rumos da guerra comercial com a China. Boa parte do setor aposta que Biden vai seguir a cartilha que une comércio, diplomacia e tecnologia.

.  Evening Standard/Christian Adam/Reprodução 

Para o analista do Eurasia Group Paul Triolo, “ele deve ouvir o argumento de que, indo atrás da Huawei, empresas americanas são prejudicadas porque isso encoraja a China a desenvolver seus próprios produtos”.

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