Huawei respira: EUA liberam a venda de chips para a empresa

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A Huawei respira. De acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Financial Times, o governo americano começou a permitir que empresas de chips voltem a fornecer componentes para a multinacional chinesa. A única condição imposta é que os componentes não poderão ser usados em tecnologia 5G.

A mudança pode representar um grande alívio para a Huawei, que vem sofrendo sanções dos Estados Unidos desde o ano passado. Recentemente, a chinesa foi impedida pelo governo de terceirizar qualquer tipo de hardware feito com tecnologias americanas.

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Isso impediu que até fabricantes de chips estrangeiros, como a Samsung e a TSMC continuassem fornecendo para a Huawei. No caso da TSMC, maior fabricante de semicondutores do mundo com sede em Taiwan, a coisa foi mais grave, pois a proibição decretou a morte dos processadores Kirin, que equipam os smartphones da Huawei, pelo menos até a linha Mate 40.

Fonte: Huawei/DivulgaçãoFonte: Huawei/DivulgaçãoFonte:  Huawei 

A flexibilização

De acordo com o Financial Times, o Departamento de Comércio dos EUA tem dito a alguns fabricantes que, embora a orientação recebida seja a de negar qualquer tipo de licença para fornecimento de equipamentos a Huawei, "isso pode ser superado se você puder demonstrar que sua tecnologia não suporta 5G".

A declaração deixa claro que as sanções contra a Huawei têm como pano de fundo a guerra comercial entre EUA e China, na qual os americanos pressionam países aliados, inclusive o Brasil, para banir a Huawei do fornecimento de equipamentos a operadoras das redes de 5G, alegando que os produtos seriam usados por Pequim para espionagem.

Esta última flexibilização e a recente decisão de permitir que a Samsung Display forneça painéis OLED para Huawei são claros sinais de que a nuvem negra de restrições do governo americano contra a fabricante chinesa vai se dissipando à medida em que se encerra a campanha eleitoral americana.

Mesmo os fabricantes asiáticos de chips para dispositivos móveis declararam-se otimistas para o Financial Times, o que pode significar uma sobrevida para o Kirin.

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