Hoje (22), os promotores e advogados envolvidos no julgamento de Lee Jae-yong, herdeiro e ex-vice-presidente da Samsung Eletronics, se reuniram no Tribunal Distrital Central de Seul, Coreia do Sul, para acertar os procedimentos legais e definir o prazo da próxima audiência. O executivo, que foi a cusado de fraude contábil e manipulação de ações, não esteve presente na sessão.
O próximo encontro será realizado em 14 de janeiro de 2021, após o tribunal aceitar um pedido da defesa por três meses para revisar um documento de 190 mil páginas com contratos, depoimentos de testemunhas e outras informações legais reunidas pela acusação.
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(Fonte: Reuters/Reprodução)Fonte: Reuters
O caso
Segundo a promotoria, o herdeiro de 52 anos esteve envolvido na manipulação dos preços das ações da Samsung C&T e Cheil Industries durante a fusão das empresas em 2015, além de realizar fraude contábil na Samsung Biologics, uma subsidiária farmacêutica, como parte de um plano para fortalecer o controle da família sobre o conglomerado e abrir caminho para a vice-presidência.
Os advogados de Jae-yong negaram qualquer irregularidade por parte de seu cliente ou das companhias, e afirmaram que o indiciamento é injusto. "A fusão da Samsung C&T foi uma ação legítima da administração com o objetivo de cumprir as regulamentações do governo, estabilizar a administração e criar efeitos de sinergia nos negócios", explicaram os defensores em um comunicado.
Vale ressaltar, que Lee já esteve envolvido em escândalos de suborno de acionistas e pode ter ligação com o impeachment da ex-presidente do país, Park Geun-hye, sendo também suspeito de tráfico de influência.
Final de uma tradição
(Fonte: Samsung/Reprodução)Fonte: Samsung
Como uma forma de responder às repercussões causadas pelas acusações, mudanças estruturais foram realizadas na Samsung, incluindo o término da sucessão familiar no comando em maio deste ano, algo que ocorria desde 1938, quando a marca foi fundada.
Contudo, acredita-se que esta decisão teria sido tomada como uma forma de atender os pedidos de acionistas e da própria gerência da empresa, por considerarem impossível manter a família na diretoria depois dos escândalos.
Caso seja considerado culpado, o ex-vice-presidente pode receber uma pena de até 10 anos na prisão, além de ser obrigado a pagar uma multa.
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