O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que John McAfee, criador do antivírus que leva seu nome, foi preso na Espanha quando tentava embarcar para a Turquia. Ele foi formalmente acusado por sonegação fiscal.
Após a prisão, a Divisão de Impostos dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) tornou pública uma acusação de 15 de junho segundo a qual McAfee não teria apresentado suas declarações de imposto de renda de 2014 a 2018, apesar de ter faturado milhões com criptomoedas, serviços de consultoria, palestras e venda dos direitos da história de sua vida para um documentário.
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Especificamente sobre as criptomoedas, a SEC detalhou em um comunicado à imprensa que a sonegação se refere a ofertas iniciais de moedas (ICOs) promovidas por McAfee via Twitter sem que ele revelasse que estava recebendo até US$ 23 milhões por isso.
Acusado de ajudar a transferir e converter em dinheiro as criptomoedas recebidas, Jimmy Watson Jr., guarda-costas do empresário, foi indiciado como cúmplice no processo.
26 anos de prisão
McAfee na prisão em Belize em 2012. (Fonte: John McAfee/Twitter/Reprodução)Fonte: John McAfee/Twitter
Se condenado à pena máxima por todas as acusações que lhe são imputadas, McAfee pode pegar 26 anos de prisão, sendo 5 por cada indiciamento e 1 pelo crime de não ter apresentado suas declarações de imposto de renda. Ele ficará detido na Espanha até ser extraditado para os Estados Unidos.
Após vender seu antivírus e a suíte de produtos de segurança em 2001, McAfee fez diversos investimentos, como empresas farmacêuticas, propriedades de luxo e incubadoras de startups ligadas a segurança corporativa e smartphones. Além dos processos fiscais, o controvertido milionário enfrenta problemas legais, como a suspeita de ter matado um homem a tiros em Belize em 2012, posse e fabricação de drogas, entrada ilegal na Guatemala e direção sob efeito de álcool.
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