Privatização dos Correios é 'certeza', diz presidente da estatal

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Ainda que diversas manifestações demandem o contrário, a privatização dos Correios é uma certeza, de acordo com Floriano Peixoto, presidente da (por enquanto) estatal de entregas.

Reforçando as declarações do ministro das Comunicações Fabio Faria, o executivo afirmou, em entrevista à Exame, que conversará pessoalmente com parlamentares e líderes do Congresso. "As palavras do ministro refletem o posicionamento do governo e, principalmente, a opinião da sociedade. É preciso transformar os Correios em uma empresa moderna, eficiente e que respeite o consumidor", disse Peixoto.

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Uma pesquisa realizada pela Exame/Ideia aponta que 40% dos brasileiros são favoráveis à decisão, e o processo, ressalta Peixoto, já está em andamento. A primeira parte da fase de estudos, que inclui o envio de proposta de projeto de lei às autoridades, será concluída até novembro deste ano, espera.

Presidente dos Correios, Floriano Peixoto diz que segue posicionamento do governo e opinião da sociedade.Presidente dos Correios, Floriano Peixoto diz que segue posicionamento do governo e opinião da sociedade.Fonte:  Agência Brasil 

Sobre os motivos que norteiam o movimento, o presidente da companhia foi enfático: "Quando comparados a empresas de natureza privada, os Correios, enquanto estatal, estão submetidos a muitas amarras que prejudicam sua competitividade."

"Devemos considerar, ainda, as consequências da má gestão praticada pelas administrações anteriores, que deixaram um passivo de 2,4 bilhões de reais a saldar e, como resultado, afetaram a capacidade de investimento da empresa", complementa.

Debate intenso

Floriano também se posicionou com relação à greve dos funcionários da instituição, que, segundo ele, mesmo não contando "com adesão majoritária dos empregados, tem trazido enormes prejuízos à empresa e à sociedade."

Greve foi iniciada em 17 de agosto.Greve foi iniciada em 17 de agosto.Fonte:  Agência Brasil 

A greve dos funcionários, que começou em 17 de agosto, teria sido motivada por quedas de até 40% de remuneração em alguns casos, já que o acordo coletivo proposto afetaria diversos direitos da categoria. De qualquer modo, Peixoto defende a privatização: "Quaisquer alternativas que venham a extinguir (ou ao menos aliviar) essas amarras tornarão a empresa mais ágil, moderna e eficiente, algo muito difícil nas atuais condições."

"Em outras palavras, é preciso aproveitar melhor a experiência logística consolidada e a capilaridade dos Correios, ativos muito valiosos para continuarem subaproveitados", finaliza.

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