2013: o ano em que o PC vai arrebentar os consoles?

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Não é de hoje que o PlayStation 3 e o Xbox 360 vêm apresentando sinais de desgastes. Agora, com Sony e Microsoft preparando os anúncios dos próximos consoles, podemos ver que esses produtos já estão em seus dias finais. Ainda que possam perdurar por muitos anos, ambos têm chances de começar a empoeirar com a chegada dos sucessores.

Ao mesmo tempo em que os dois enfraqueciam, o PC atuava magistralmente como plataforma de jogos, — ao menos para quem tinha dinheiro para investir nos componentes de hardware. No último ano, grandes títulos desembarcaram nos computadores e aproveitamos os novos games com uma ferramenta bem interessante: o Steam Big Picture.

Com esses dois cenários, ficamos na dúvida quanto ao futuro dos games. Será que os PCs vão ganhar uma fatia maior de mercado? Os novos consoles terão propostas ousadas capazes de mantê-los no topo das vendas? Hoje, vamos falar sobre possibilidades deste segmento e mostrar alguns motivos que podem ajudar o PC a obter mais espaço.



PlayStation 4 e Xbox 720
Recentemente, a Sony revelou o Destination PlayStation 2013, evento programado para fevereiro que deve trazer o anúncio do PlayStation 4. Não demorou muito para surgirem boatos de que o novo Xbox será exibido na E3 deste ano.

Conforme os tantos rumores, os novos consoles podem ser lançados ainda em 2013 ou, no máximo, 2014. Hardware, software e outros detalhes ainda são bem duvidosos, considerando a enxurrada de notícias que surgem a respeito do assunto.

(Fonte da imagem: Reprodução/PSM3)Claro, temos muito chão até o lançamento dos novos video games, o que garante a nós, jogadores, um bom tempo para aproveitar os tantos jogos já lançados e algumas grandes promessas que vão chegar em breve.

Entretanto, quando os novos consoles chegarem, é provável que tenhamos uma diminuição na quantidade de títulos para esses produtos. É só lembrar-se do PlayStation 2 e do Xbox. Tudo bem, os atuais consoles estão consolidados, populares e não vão ser abalados com facilidade, mas os computadores podem ter muita chance de sucesso neste ano e no próximo.

O Steam pode colocar o PC no topoO serviço de comércio online da Valve começou de forma tímida, mas, em pouco tempo, ele conquistou uma legião de pessoas que buscavam uma forma legal e acessível para baixar jogos. Hoje, o Steam ganha notoriedade pela imensidão de títulos ofertados, pelas promoções constantes e por suas inovações que vêm trazendo mais jogadores para os PCs.

(Fonte da imagem: Reprodução/Polygon)É provável que você já tenha ouvido algo a respeito do futuro computador de jogos da Valve, o Steam Box, que recentemente foi confirmado pela companhia. O PC que leva o codinome “Bigfoot” teve um protótipo (o Piston da Xi3) exibido durante a CES 2013, e parece que ele vai sair ainda este ano. O melhor de tudo? Ele vai proporcionar experiência similar à dos consoles.

Linux: o futuro da jogatina no PC?O sistema mais livre do mundo também é um dos mais desprezados. Em parte, as pessoas não adotam ao software por conta das complicações que existem na usabilidade, mas outro ponto que impede a popularização do Linux é a falta de aplicativos e jogos.

Quer dizer, esses eram problemas que existiam, mas que já vêm sendo corrigidos pelo Ubuntu. Agora, no entanto, o sistema ainda tem chance de se tornar a plataforma de games do futuro, ao menos é o que pode acontecer se a Valve cumprir suas promessas.

Depois de liberar uma versão do Steam e lançar o código da engine Source para Linux, investir no modo Big Picture e anunciar o PC que vai popularizar os computadores como máquinas de jogos, a empresa líder de vendas em jogos virtuais resolveu adotar o Linux como sistema do Steam Box.

(Fonte da imagem: Reprodução/Steam Community)Em parte, a decisão da Valve ocorreu por conta da loja do Windows 8 que poderia roubar o posto do Steam, mas, de certa forma, a mudança também foi tomada para baratear o futuro PC de jogos da companhia.

Por outro lado, devemos considerar que tal opção pode ser um tiro no pé, visto que ainda não está muito claro como será a transição para a tecnologia OpenGL e se os desenvolvedores terão interesse em investir uma boa grana para criar duas versões de um mesmo jogo.

Outras cartas na mangaPode ser que o Steam não seja a aposta certeira, mas também ele não é o único trunfo dos computadores. É difícil que grandes empresas (como a AMD e a NVIDIA) deixem de dar apoio ao segmento que as levou até onde estão atualmente. Além disso, devemos lembrar que as desenvolvedoras ainda trabalham com PCs para a criação de jogos e engines.

Algumas companhias, como a Crytek, sempre deram atenção especial aos desktops. O melhor exemplo é o recente Crysis 3, jogo que conta com uma engine muito avançada que só pode ser totalmente aproveitada com o DirectX 11. Claro, essa novidade será levada aos futuros consoles, mas por ora o computador leva vantagem.

Cabe ainda comentar sobre a diversidade de acessórios disponíveis para computador. Você pode escolher se prefere um controle de Xbox 360, um joystick de PS3 (que funciona na base da gambiarra), um periférico de Wii ou o Kinect para Windows que pode servir como um complemento para jogos ou para o sistema da Microsoft.

Falando especificamente da NVIDIA, podemos notar que, além de oferecer novos produtos de hardware, a empresa vem pensando em meios de aproveitar o potencial dos computadores de forma diferenciada. Um exemplo disso é o Project Shield, que poderá aproveitar o poderio das máquinas para rodar games de ultima geração através de uma rede sem fio.

Consoles correndo atrás do prejuízoO PC sempre levou uma enorme vantagem sobre os consoles: a versatilidade. Além de serem superiores em hardware e software, os computadores oferecem liberdade de escolha (e variedade) de componentes, sistemas e jogos.

Observando esse leque de opções dos computadores, Sony, Microsoft e Nintendo começaram a correr atrás do prejuízo. Tanto a inclusão de novos softwares quanto a melhoria das lojas foram passos dados depois que as fabricantes notaram que os jogadores que usam o PC como plataforma de games não ficam restritos as experiências de jogos.

(Fonte da imagem: Reprodução/Netflix)Imitando o modo de atuação do Steam, as redes PlayStation Network e Xbox LIVE apelaram para a venda de títulos mais robustos (há jogos que completos que ocupam quase 20 GB em disco, algo que era raro antigamente), promoções e uma série de recursos que incentivam o jogador a adotar as compras online.

Além disso, recentemente notamos que os três consoles (incluindo o Wii U) não ficaram de fora da moda dos aplicativos. Os jogadores agora podem acessar o YouTube, o Netflix e outros tantos serviços populares sem precisar usar os navegadores rudimentares dos aparelhos. A experiência de uso ainda está longe da que temos no PC, mas os consoles estão na corrida.

Nada é certoCom esse tanto de considerações, podemos prever que o futuro é totalmente imprevisível. Assim como o PC tem cartas na manga, os video games ainda são os produtos dominantes na área de jogos. Pode ser que a Valve aproveite bem a mudança de geração dos consoles para conquistar os jogadores com seu PC compacto.

Ainda devemos considerar que outros competidores estão chegando para deixar a concorrência mais acirrada. O OUYA é o melhor exemplo de produto barato que fascinou a mente de muitos jogadores e que poderá oferecer diversão a baixo custo. Além desse console, temos os smartphones e tablets que não param de ganhar espaço.

Enfim, a guerra pode não ser definitiva neste ano, mas certamente teremos um importante capítulo desta batalha entre PCs, consoles e portáteis. Você acha que a Valve tem chance de triunfar com o Steam Box e sua famosa loja de jogos? Qual é sua aposta para a próxima geração? Deixe sua opinião!

Fonte: The Verge, ExtremeTech, Polygon, TechCrunch, VG24/7, ExtremeTech

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