A guerra comercial entre Estados Unidos e China acaba de ganhar novos contornos. Devido ao embate, a Samsung deve ser impedida de vender componentes para a Huawei, incluindo displays, a partir do momento em que as restrições estipuladas pelo governo norte-americano entrarem em vigor, no dia 15 de setembro (semana que vem).
Entretanto, por se tratar de uma das principais fabricantes de telas da Coreia do Sul, detendo mais da metade da exportação de peças OLED para celulares, a empresa não ficou parada e, de acordo com declarações de um informante à Reuters, solicitou uma licença especial à administração de Donald Trump para realizar tais transações.
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Especificamente tomada pela Samsung Display, que tem como clientes principais a Samsung Electronics e a Apple, a ação não foi seguida pela LG Display, principal concorrente da marca. Segundo comunicado divulgado pela companhia na última quarta-feira (9), as sanções teriam pouco efeito sobre suas operações, já que não ela tem a chinesa como consumidora substancial de seus produtos. Ainda assim, a Samsung não está sozinha.
Caso permissão seja negada, Samsung deverá encerrar vendas de componentes para a Huawei.Fonte: Reprodução
Batalha de gigantes
Uma outra empresa que adotou medidas parecidas foi a Microsoft, visando continuar com o fornecimento de equipamentos e softwares à Huawei sem retaliações. MediaTek, e Qualcomm são mais exemplos. Agora, está nas mãos do presidente dos EUA decidir sobre o destino de todas elas, caso queiram continuar atuando nos dois mercados.
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