O mercado de celulares entre R$ 2 mil e R$ 3 mil triplicou no segundo trimestre de 2020, com uma alta de 194% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram recolhidos pela instituição de pesquisa IDC Brasil e divulgados pelo Mobile Time nesta quinta-feira (10).
Esse grupo de dispositivos, classificado como intermediário premium, representava apenas 2% do mercado. No entanto, após a recente alta, sua participação chegou a 11%. Somente entre abril e junho, 1 milhão de unidades foram vendidas — superando as 344 mil vendas da última análise.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
No mesmo intervalo, as vendas de modelos na faixa de R$ 1,1 mil e R$ 2 mil subiram 12%, com 3,3 milhões de unidades. Em razão do crescimento de dispositivos mais caros, a categoria perdeu participação de mercado: no segundo trimestre de 2019, ela representava 54% dos celulares vendidos e, agora, cerca de 35%.
Impactos da pandemia no setor
Nesta semana, falamos um pouco sobre o desempenho do mercado de celulares que, em razão da pandemia, sofreu uma retração de 30,7% nas vendas. Com isso, o faturamento oficial caiu 15%. Em abril e junho de 2020, ele ficou em R$ 13 bilhões — comparados a R$ 15 bilhões de faturamento do ano anterior.
Segundo o IDC Brasil, isso foi causado tanto pela crise econômica quanto pela dificuldade no abastecimento de componentes eletrônicos.
Feature phones estão mais caros
Os features phones — aqueles modelos que não são smart — ficaram 39% mais caros no segundo trimestre do ano, saindo de R$ 132 para R$ 185. Nos canais de vendas não oficiais, a alta foi de 25%, saindo de R$ 86 para R$ 108.
Com uma possível normalização do varejo em 2021, a IDC Brasil prevê que a retomada do mercado de celulares, com projeção de alta de 8,5%.
Fontes