Recentemente, o governo indiano baniu 118 aplicativos chineses alegando proteção à segurança nacional – e, entre eles, está o PUBG Mobile (PlayerUnknown's Battleground), que contava com 175 milhões de downloads por lá, aproximadamente um quarto de seu público global. Tentando reverter a situação, a PUBG Corporation decidiu romper com a Tencent e assumir as operações no país.
De acordo com a distribuidora chinesa, a separação não afetará parcerias com a produtora em outros mercados. Ainda assim, não se sabe se o movimento será suficiente, já que a decisão das autoridades foi "baseada em informações confiáveis" de que aqueles que foram adicionados à lista estavam agindo contra os interesses locais.
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"Diversas fontes indicam uso indevido de alguns aplicativos móveis disponíveis nas plataformas Android e iOS para roubo e transmissão clandestina de dados de usuários de maneira não autorizada para servidores fora da Índia", afirma o ministro da Tecnologia da Informação indiano, de acordo com a BBC News.
"A compilação desses dados, sua mineração e a criação de perfis por elementos hostis à segurança nacional e à defesa da Índia, que afetam a soberania e a integridade do país, despertam uma preocupação profunda e imediata, que demanda medidas de emergência", complementa.
PUBG Corporation tenta reverter situação assumindo operações na Índia.Fonte: Reprodução
Tensão elevada
Não é apenas no mundo virtual que os ânimos estão acirrados. Índia e China enviaram tropas para a região de Ladakh em junho, ao longo de uma disputada fronteira do Himalaia, e confrontos deixaram pelo menos 20 soldados indianos mortos.
Os embates de Donald Trump com o governo chinês também não trazem benefícios para a Tencent, já que a Activision, seguindo ordens do presidente dos Estados Unidos de restrição de transações de empresas norte-americanas com a companhia asiática e suas subsidiárias, decidiu cortar os laços com a distribuidora – o que acaba eliminando nomes de peso de um extenso catálogo, como Call of Duty Mobile.
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