O Brasil subiu quatro posições no Índice Global de Inovação (IGI), que teve sua edição mais recente divulgada na manhã desta quarta-feira (2). Com isso, o país ocupa a 66ª posição no ranking, que abrange 131 países.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), no entanto, alerta que isso não é motivo para comemoração. Apesar de a nova posição mostrar a evolução de alguns indicadores em relação a 2019, ela se deu principalmente pela queda de outros países.
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A classificação anual foi criada em 2007 e, desde então, tem se tornado um importante parâmetro para auxiliar decisões globais, estimular a atividade inovadora e impulsionar os desenvolvimentos humano e econômico.
Inovação no Brasil
Gráfico do desempenho brasileiro no ranking de 2011 até 2020.Fonte: CNI/Divulgação
Entre altos e baixos, o país continua em uma posição ruim, segundo especialistas. Assim, para impulsionar o setor da inovação, surgiu a Mobilização Empresarial para a Inovação (MEI), que visa incentivar as empresas a colocarem ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no centro de seus objetivos.
“O Brasil continua em uma posição abaixo de seu potencial. Precisamos melhorar o financiamento à inovação, fortalecer parcerias entre governo, setor produtivo e academia, estruturar políticas de longo prazo e priorizar a formação de profissionais qualificados”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
América Latina
Em relação aos 37 países da América Latina, o Brasil ocupa a 4ª posição — o que poderia ser considerado bom, caso a região não apresentasse um dos resultados mais negativos no ranking global. Apesar disso, ela se destaca em alguns aspectos — como marcar presença entre as 10 primeiras economias de renda média no critério qualidade da inovação.
A CNI vai realizar, às 11h desta sexta-feira (4), uma live com um dos maiores especialistas em inovação do mundo, Sumitra Dutta. O evento vai abordar a importância estratégica da inovação no nosso país e é uma excelente oportunidade para quem quer aprender mais sobre o assunto.