A varejista Havan pretende abrir capital na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) estimada em R$ 10 bilhões. Se esta previsão estiver correta, a empresa será avaliada em nada menos que R$ 100 bilhões, ficando abaixo apenas da Magazine Luiza, que atualmente vale R$ 150 bilhões na Bolsa.
Conforme divulgado pela empresa, os recursos adquiridos serão direcionados para a expansão de lojas e do centro de distribuição, tecnologia e reforço no capital de giro. Atualmente, a varejista de Santa Catarina tem 147 lojas e pretende chegar às 200 unidades até 2022.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Estratégia na crise econômica
Em uma carta aos potenciais investidores, o CEO da empresa, Luciano Hang, contou sua origem e o começo da Havan. "Foi com esta mesma idade [12 anos] que eu decidi montar uma cantina na escola com um amigo, vendíamos bolachas! Com o tempo, as vendas cresceram tanto que a distribuidora dos doces passou a fazer entregas em uma Kombi", afirma Hang.
Diante da crise econômica gerada pelo cenário pandêmico, a varejista sofreu um prejuízo líquido de R$ 127,5 milhões, comparado a um lucro de R$ 193,9 milhões no mesmo período em 2019.
Corrida para abertura de capital
"O plano de expansão da Havan é arrojado, e continuamos firmes no nosso desafiador projeto de termos 200 megalojas operando até o final de 2022", disse o empresário. Como coordenadores da oferta, estão grandes nomes como Itaú BBA, XP, BTG Pactual, Morgan Stanley, Bank of America, Bradesco BBI, Santander e Safra.
Além da varejista, outras 40 empresas estão em uma corrida para abertura de capital, com pedidos registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A previsão é que em 2020, o volume de emissão chegue a R$ 120 bilhões, marcando um novo recorde anual.
Fontes
Categorias