A pandemia do novo coronavírus reconfigurou o mercado de celulares e gerou uma queda recorde na produção desses dispositivos. Entretanto, o segundo semestre de 2020 apresenta tendências de recuperação, embora o nível do ano passado esteja longe de ser mantido. Essas são algumas das conclusões do novo relatório da TrendForce, que aponta estimativas e dados sobre o setor a nível global.
No segundo semestre de 2020, foram produzidos 286 milhões de unidades de aparelhos mundialmente — uma queda recorde de 16,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
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De acordo com a TrendForce, o retorno gradual às atividades industriais e ao ritmo de consumo em algumas regiões faz com que a estimativa para os próximos trimestres do ano não seja tão negativa, com uma recuperação lenta da economia. Entretanto, o decréscimo em relação ao ano anterior deve permanecer alto, com queda estimada de cerca de 10% entre julho e setembro de 2020.
Situação das marcas
Em termos de desempenho individual de fabricantes, o relatório sugere que a Samsung continua sendo a maior fabricante de smartphones do mundo (19,2%), apesar de ser uma das que mais sofreu com a pandemia. Relatórios de outros institutos de pesquisa chegaram a afirmar que a Huawei ultrapassou momentaneamente a sul-coreana, já que a China mostrou recuperação mais acelerada em relação a mercados-chave da rival, como Índia e Europa.
A TrendForce, entretanto, mantém a Huawei em segundo lugar com 18,2% e possível redução do mercado, provavelmente graças às sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos.
A lista de fatia de mercado em relação às fabricantes.Fonte: TrendForce
A Apple segue em terceiro, mas é cada vez mais ameaçada pelo crescimento de outras chinesas — especialmente Xiaomi e Oppo, todas com perspectiva de ter mais de 10% do setor até o final deste ano. A produção em massa e um eventual sucesso do iPhone 12, primeira geração de celulares da marca com 5G, pode fazer ela se firmar no pódio e até voltar a incomodar a Huawei.
O relatório completo pode ser conferido no site da TrendForce (em inglês).
Fontes