A briga entre a Google e o governo da Austrália ganhou mais um capítulo, agora com uma resposta da empresa para as sugestões regulatórias de agências locais. O buscador lançou uma carta aberta para explicar a situação para a população e buscar apoio da sociedade local.
O documento é assinado pela gerente-geral da empresa para as regiões de Austrália e Nova Zelândia, Mel Silva, e explica o lado da Google na história. Em resumo, ela avisa que o consumo do buscador e de plataformas como o YouTube pode ser prejudicado caso a proposta de lei News Media Bargaining Code seja aprovada no país da Oceania.
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Além de afirmar que o uso gratuito das plataformas estaria ameaçado, a companhia alega que dados de usuários seriam enviados para essas grandes produtoras de conteúdo.
A carta aberta pode ser lida diretamente por quem acessa o Google na Austrália.Fonte: The Verge
O documento foi até exibido em forma de pop-up por quem acessa a página inicial do buscador na Austrália. A lei, que ainda está em fase de rascunho, obrigaria tanto Facebook quanto Google a pagar por produtoras de conteúdo noticioso, caso queira exibir esse tipo de resultado em seu ecossistema. Ela foi originalmente proposta em 2019 e a fase de consultas antes do debate legislativo acaba em 28 de agosto deste ano.
Réplica
Em resposta à carta aberta, o órgão regulador que propôs a lei original publicou um artigo que rebate os argumentos da Google.
Segundo o Australian Competition and Consumer Commission (ACCC), a carta aberta "contém desinformação" e exagera os fatos, já que o conjunto de regras sugerido não envolveria cobrar por serviços gratuitos ou coleta de dados, mas sim "um significativo poder de barganha entre as empresas de notícia da Austrália com Google e Facebook".
Fontes