A Huawei pode começar a fabricar os próprios processadores a partir de parceiras chinesas para evitar maiores prejuízos por causa das sanções comerciais aplicadas pelos Estados Unidos. A informação é de uma publicação feita na rede social Weibo que, apesar de não ter comprovação, faz bastante sentido no contexto atual.
De acordo com o vazamento, a Huawei está desenvolvendo internamente um projeto chamado "Tashan", termo que significa "corajoso". E a ideia é essa mesma: desafiar a dependência das gigantes do setor de semicondutores e passar a controlar cada vez mais etapas da fabricação de componentes, construindo um ecossistema que vai da pesquisa à fabricação de precisão.
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A ideia é que a Huawei construa fábricas próprias e recorra à ajuda de empresas chinesas como aliadas para etapas como a de litografia, incluindo nomes como Shanghai Microelectronics, Shenyang Xinyuan e Jignce Electronics. Esse grupo precisa suprir o que antes era fornecido pela TSMC, uma das líderes desse segmento, que teve as negociações com a companhia proibidas pelos EUA.
Solução caseira
O "Tashan" é um projeto que parece bastante ambicioso: a primeira fábrica já ficaria pronta no final de 2020 para iniciar a produção. Mas, como a Huawei não domina a tecnologia, as linhas de produção devem apostar em uma arquitetura já superada de 45nm ou 28 nm.
Recentemente, a Qualcomm solicitou uma liberação do governo dos EUA para voltar a negociar com a Huawei, mas não há muitas esperanças em uma resposta positiva.
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