De acordo com o Wall Street Journal, a fintech Ant Financial, que é liderada por Jack Ma, está preparando uma oferta de ações públicas (IPO) em duas grandes bolsas de valores, mas nenhuma delas fica nos Estados Unidos. Segundo a publicação, os papéis da firma devem ser colocados à venda em Hong Kong e Xangai, na China.
A empresa que cuida dos pagamentos do Alipay ainda não revelou detalhes sobre o plano de abertura de capital, mas especialistas indicam que esse pode ser o maior IPO do ano. Com base nos números divulgados até agora, a CNBC estima que a fintech pode ser mais cara do que alguns bancos dos Estados Unidos e chegar ao mercado avaliada em até US$ 210 bilhões — com uma arrecadação esperada de aproximadamente US$ 14 bilhões.
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A Ant Financial é afiliada ao Grupo Alibaba e cuida do Alipay.Fonte: Payment Source
Até hoje, a maior abertura de capital já registrada aconteceu no ano passado, quando a Saudi Aramco, petrolífera avaliada na casa dos US$ 2 trilhões, começou a vender ações e levantou US$ 25,6 bilhões. A Alibaba, criada por Jack Ma, é dona do 2º lugar e arrecadou US$ 25 bilhões quando chegou à bolsa de valores em 2014.
Fora dos Estados Unidos
Além de estar gerando expectativas, a abertura de capital da Ant Financial está chamando a atenção por ser exclusiva de territórios chineses. A listagem local deve garantir mais força para a STAR Market, plataforma de ações chinesa lançada no ano passado e que é focada em empresas de tecnologia do país.
Para os investidores estadunidenses interessados na empresa, será necessário "dar uns pulos" para conseguir injetar dinheiro na fintech. Apesar de já existirem formas de facilitar o investimento internacional, especialistas apontam que as tensões entre China e Estados Unidos podem influenciar no negócio.
De acordo com o diretor de negócios institucionais da empresa de mercado IndexIQ, "as tensões geopolíticas definitivamente serão um problema". Ainda assim, o IPO da maior fintech da atualidade pode ser uma grande oportunidade para investidores que queiram explorar possibilidades fora dos Estados Unidos, comentou o especialista.
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