A BWA Brasil, companhia especializada em investimentos em criptomoedas, entrou com um pedido de recuperação judicial, gerando um prejuízo de quase R$ 300 milhões para 1.897 investidores, que perderam tudo que haviam aplicado na empresa nos últimos anos.
Possível golpe
A BWA Brasil é investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP), devido à possibilidade de ter aplicado um golpe conhecido como “pirâmide”, por meio do qual ela teria arrecadado fundos para investir em moedas digitais, comprando-as na baixa, revendendo-as na alta, e devolvendo parte do lucro aos investidores.
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No entanto, desde o final do ano passado, clientes vinham enfrentando dificuldades para sacar seus investimentos, enquanto os responsáveis pela empresa “falavam que estavam com dificuldades para pagar”. A empresa fechou algum tempo depois.
No início desta semana, após o pedido de recuperação judicial, dezenas de moradores da Baixada Santista, em São Paulo, procuraram o mesmo advogado para entrar com uma ação coletiva contra a BWA.
Fonte: Pixabay/ReproduçãoFonte: Pixabay
BWA Brasil se defende
Segundo José Luis Macedo, advogado da BWA, a companhia admitiu que possuía uma filial em Santos. A empresa justificou o não ressarcimento aos investidores, devido à volatilidade das criptomoedas, cujo mercado funciona de forma parecida como aplicações em ações da Bolsa de Valores.
De acordo com Macedo, a BWA chegou em uma situação financeira tão ruim, porque mais de 50% dos negócios da plataforma eram feitos via Bitcoin Banco, que pediu recuperação judicial em novembro do ano passado. Isso fez que com que vários investidores começassem a fazer saques em massa, com medo de perder dinheiro, o que acabou arruinando a saúde financeira da empresa.
Como a BWA ficou incapacitada de pagar a todos os clientes que solicitaram pagamentos, ela resolveu encerrar as atividades e pedir recuperação judicial, a fim de se reorganizar financeiramente, e poder ressarcir a todos os seus clientes posteriormente.
“Se a empresa não tivesse interesse em pagar os investidores, ela não apresentaria um plano de recuperação judicial”, alegou Macedo.
Segundo o G1, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela 1ª Delegacia do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), mas está em segredo de Justiça.
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