Engenheiros do Instituto Federal de Tecnologia (ETH) de Zurique, na Suíça, criaram um chip que une eletrônica e fotônica, para entregar velocidades de transferência de dados por redes de fibra óptica nunca antes alcançadas com o uso de equipamentos tradicionais. O chip “plasmônico” representa uma evolução que tem sido almejada pela indústria há cerca de 20 anos.
Dos gigabits para os terabits
Liderados pelo pesquisador Ueli Koch, a equipe desenvolveu um chip ultrarrápido, que poderá revolucionar a forma como dados são transmitidos pela internet dentro de poucos anos, elevando as taxas de transferências da casa dos gigabits para a casa dos terabits.
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Eletrônica + fotônica
Com o chip plasmônico (como está sendo chamado), os engenheiros conseguiram integrar componentes eletrônicos e fotônicos pela primeira vez. Para isso, os componentes foram empilhados em camadas firmemente unidas por vias dentro do invólucro. Essa estratégia permitiu reduzir as perdas em termos de qualidade de sinal.
Até agora, esses componentes precisavam ser fabricados em chips separados e então interconectados, o que causa gargalos de comunicação e alto consumo de energia, além de demandar maior investimento.
O novo chip une componentes eletrônicos e fotônicos em um único invólucro. (Fonte: Ueli Koch/Divulgação)Fonte: Ueli Koch
Utilizando uma abordagem descrita como “co-integração monolítica”, que foi possível graças à plasmônica (termo que dá nome ao chip), os pesquisadores conseguiram superar o desafio relacionado ao tamanho dos componentes eletrônicos e fotônicos, eliminando-o.
Depois disso, os engenheiros conseguiram agrupar quatro sinais de entrada de velocidade mais baixa, para formar um único sinal elétrico de alta velocidade, o qual é convertido em um sinal óptico ultrarrápido. Todo esse processo permitiu, pela primeira vez na história, a transmissão de dados em um chip monolítico a uma velocidade de mais de 100 gigabits por segundo.
A notícia cai como uma luva em um momento crucial para o segmento de comunicações, já que a pandemia de covid-19 causou um aumento significativo pela demanda de serviços online e transmissões via streaming.
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