Entregadores de aplicativos, representados pelo Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimoto-SP), participarão de uma audiência de conciliação com iFood, Rappi, Uber Eats e outras empresas do gênero. O encontro acontecerá às 16h, na terça-feira (14), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2º região, na capital paulista.
Após a greve de entregadores, o Sindimoto-SP acredita que o tribunal "é o único lugar em que as solicitações trabalhistas podem ser atendidas". A entidade ainda revela que "é justamente nele em que duas ações civis públicas já estão em andamento com a primeira sentença favorável aos trabalhadores motociclistas".
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Demandas dos entregadores
Imagem de entregadores na manifestação de 1º de julho promovida pelo movimento #BrequedosAppsFonte: Pedro Strapasolas via Brasil de Fato/Reprodução
Entre as exigências que serão discutidas na audiência, estão o aumento do valor mínimo da corrida, para compensar o deslocamento dos entregadores; seguro de roubo e acidente; e diminuição do tempo de espera em restaurantes.
Para evitar os riscos de contraírem a covid-19, os entregadores também pedem a distribuição de Equipamento de Proteção Individual (EPI), como máscaras e álcool gel. E, em caso de contaminação pelo vírus Sars-CoV-2, uma licença remunerada.
Ainda vale dizer que, com a pandemia, a demanda em apps de delivery disparou e, consequentemente, as empresas estão lucrando mais. Os entregadores, no entanto, alegam que nenhum reajuste foi repassado para eles e querem que isso seja corrigido.
Por fim, a classe defende o fim do sistema de pontuação presente nos aplicativos, com destaque para o Rappi. Esse sistema tende a privilegiar entregadores por sua pontuação nos apps, além de penalizar aqueles que ficam desconectados por muito tempo ou recusam corridas.
Manifestação nesta terça-feira (14)
Além da audiência, o Sindimoto-SP e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) convocaram uma nova greve de entregadores para esta terça-feira.
Essa ação acontecerá apenas na cidade de São Paulo e não terá participação do movimento #BrequeDosApps, que mobilizou a primeira paralisação da classe no dia 1º de julho e já planeja uma segunda para o próximo dia 25.
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