Uma decisão tomada por Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, pode desacelerar a disseminação de redes 5G no país. Apoiado pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o governo local deve banir a Huawei das negociações de implementação da tecnologia – em uma tentativa de frear a influência chinesa global.
A restrição, que já havia sido especulada, deve ocorrer mais rápido que se pensava. Está marcada para acontecer nesta terça-feira (14) uma reunião do primeiro-ministro com o Conselho de Segurança Nacional do Reino Unido (NSC) para discutir o assunto. Pautado pela justificativa de manutenção da segurança nacional, Johnson já havia declarado em junho que protegeria a infraestrutura da região do que considerava "fornecedores estatais hostis."
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Em janeiro, o político concedeu um papel limitado à empresa nas redes 5G por lá, decisão que teria desagradado o país norte-americano, que pressionou a reversão da medida.
Donald Trump, presidente dos EUA, e Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, seguem diretrizes parecidas.Fonte: Reprodução
Próximos passos
Ainda que não se saiba quais serão as medidas em pauta, espera-se que a limitação de 35% aplicada à Huawei até 2023 deva ser ampliada, com a possibilidade de corte total da empresa após um período de dois a quatro anos – já que empresas do setor declararam que um encerramento imediato prejudicaria a adoção da tecnologia.
O impacto de novas sanções dos EUA seria o motivo imediato para o anúncio, pois, de acordo com Boris Johnson, a capacidade de a chinesa se manter uma fornecedora confiável de chips futuramente estaria em risco. Oliver Dowden, secretário de mídia, deve ser pronunciar após o encontro.
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