De acordo com Marcelo Motta, diretor de segurança cibernética e soluções da Huawei Brasil, se as operadoras brasileiras forem forçadas a trocar de fornecedor de equipamentos 5G, em vez ampliar sua infraestrutura baseada na tecnologia da companhia chinesa, a implantação do nosso 5G sofrerá um drástico atraso, além de que os custos poderão ser até cinco vezes mais altos.
A informação é baseada em dados provenientes dos países que impuseram restrições à Huawei, onde os preços subiram de duas a cinco vezes, e, no caso de algumas companhias, os negócios foram inviabilizados.
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EUA pressiona o Brasil
A declaração do executivo da Huawei tem relação com a pressão que o governo de Donald Trump tem feito ao Brasil e outros países. Os Estados Unidos baniram a companhia chinesa sob a alegação de prática de espionagem, que estaria sendo feita a partir dos equipamentos fabricados na China. Os americanos, no entanto, nunca conseguiram comprovar que sua acusação se baseia em fatos.
Fonte: Tek Sapo/ReproduçãoFonte: Tek Sapo
Mesmo assim, o governo americano pressiona seus principais parceiros, para que eles abandonem a Huawei como fornecedora de tecnologia 5G, a fim de evitar problemas como espionagem e vazamento de dados, o que também colocaria em risco informações relacionadas à Casa Branca.
Embora, nos dias atuais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tenha um discurso bem mais ameno sobre a China, em comparação ao período de campanha eleitoral, no mês passado, ele chegou a dizer que a implantação do 5G teria que atender à soberania nacional e aos requisitos de segurança de informações e dados.
A frase é genérica e não representa uma represália à Huawei, embora Bolsonaro seja um fiel aliado de Trump.
Operadoras brasileiras têm infra baseada na Huawei
A Huawei investiu cerca de US$ 4 bilhões em tecnologia 5G de 2009 a 2019, em todo o mundo, e já realizou testes bem-sucedidos com a nova rede, envolvendo todas as principais operadoras brasileiras.
Nossas teles construíram grande parte de sua infraestrutura baseada em equipamentos da companhia chinesa, ao longo dos últimos 22 anos.
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